A exposição de Herzog & de Meuron na Bienal de Veneza 2012, foca a arquitetura de um projeto simbólico, com uma história complexa: Elbphilarmonie, uma sala de concertos em cima de uma ex-indústria em Hamburgo, que também inclui 250 dormitórios de um hotel cinco estrelas e 47 apartamentos. O projeto está bastante avançado, no entanto, permanece detido deste o ano passado por problemas legais com a empreiteira.
Na exposição, a história do projeto é documentada com modelos tridimensionais do complexo edifício de serviços; fotografias panorâmicas através do lugar da construção e grandes maquetes, cujas presenças física e espacial representam o que os arquitetos desejavam e ainda desenharam em primeiro plano: arquitetura.
A história da Elbphilarmonie é um exemplo incrível de um projeto democrático de início a fim, informado com energia eufórica, impulsionado pela beleza arquitetônica, a visão político-cultural e o orgulho cívico. Esta energia se esgota em si mesma ao enfrente a explosão de custos de construção e a prolongada obra aparentemente interminável, que culminou com uma alta provisória em novembro de 2011.
O canteiro de obras se transforma cada vez mais num campo de batalha entre os três atores principais: o cliente (a cidade de Hamburgo e seu representante Hege), a empresa empreiteira e os arquitetos. Idealmente, o terreno de cada projeto é uma plataforma de interação que acopla estas três forças principais, neste caso, são expostas implacavelmente conflitos de interesses e requisitos. A história da obra oferece, por exemplo, uma visão dos extremos que marcam a realidade do planejamento e construção atuais.
A instalação para a Bienal apresenta o projeto sem tomar partido ou tratar de analisar a complexidade de sua evolução. Os únicos comentários proporcionados são informações sem censura da imprensa, o que demonstra que este projeto tem sido um foto de interesse público e de debate durante anos.