A maioria dos norte-americanos preferem viver num bairro tranquilo e transitável do que numa casa grande. Mas segundo o artigo publicado em good.is apenas alguns deles podem viver num destes.
As habitações em lugares de fácil acesso às lojas, restaurantes, postos de trabalho e transporte público são escassas, e somente ao redor de um terço dos que dizem que querem viver em bairros transitáveis podem realmente o fazer no EUA. Isto de acordo a um novo estudo, que aponta que as pessoas possuem a sorte de viver nos bairros mais caminháveis são também as que possuem os maiores rendimentos.
No Brookings Institution, a pedido do estudo, foram criados indicadores para julgar quanto transitável é um bairro. Para este tomaram uma mostra dos bairros na área de Washington e, mediante a medição de vários aspectos, assinaram cada um uma pontuação de transitabilidade entre um e cinco.
Uma vez que cada bairro recebeu uma pontuação, os investigadores começaram a explorar quantos profissionais de alta renda havia neles. Encontraram que as comunidades mais transitáveis possuíam as economias mais fortes e as habitações mais caras. A transitabilidade de um bairro vem acompanhada de um arrendamento caro. Além disso, descobriram que os que vivem nos bairros mais transitáveis gastam maior parte de seus fundos na habitação e tendem a ser mais ricos.
Os pesquisadores da Brookings Institution dizem que esta tendência supõe “um problema grave de equidade social”. “Viver num bairro transitável traz um monte de benefícios para a saúde e econômicos. Também significa que a vida toma menos tempo: os trajetos são mais curtos, as viagens para comprar comida são mais fáceis e ir a um parque quase não requer esforço. Em síntese, viver num bairro “transitável” requer caminhar menos: tudo o que uma pessoa necessita pode estar localizado dentro de um raio de duas ou três quadras, tornando a vida mais fácil”.
No Brasil acontece dá mesma forma, uma vez que a revitalização dos centros urbanos foi pensada para atrair as pessoas mais abastadas, deixando os de menores receitas aos subúrbios, onde em geral, estão as habitações sociais. O que supõe para estes últimos, grandes deslocamentos para obter serviços básicos, o que gera grandes desigualdades na qualidade de vida de uma cidade.
Fonte: good.is