No ano passado publicamos o ranking das 10 cidades mais caras do mundo, onde Luanda, a capital de Angola, liderava a lista elaborada pela consultoria dedicada a temas de Recursos Hurmanos, Mercer. Faz alguns dias, a mesma firma publicou o ranking correspondente ao ano 2012, intitulado “Custo de Vida Internacional”. Nesta oportunidade, a lista de cidades variou em relação ao ano anterior devido ao enfraquecimento do dólar americano frente ao yen japonês, os dólares australiano e neozelandês, o que explica a ascensão de urbes por onde circulam estas moedas.Para formular esta lista consideraram-se 214 cidades e, entre elas, comparou-se o custo de 200 artigos ou serviços vinculados a seis indicadores: alimentos, Artigos para o Lar e para o entretenimento, Roupa, Transporte e Moradia. O período compreendido para medir a evolução dos preços abrangeu desde março de 2011 até março de 2012 e teve como referência o custo dos mesmos itens na cidade estadunidense de Nova Iorque.
A primeira cidade latinoamericana presente no ranking é São Paulo, cidade brasileira que se situa no lugar número 12. Santiago, por outro lado, subiu um posto, situando-se no lugar número 74, enquanto que a capital argentina ocupou o posto número 121.
A seguir vocês conhecerão quais são as 10 cidades do mundo com o maior custo de vida, segundo Mercer.
1. Tokyo, Japão.
O fortalecimento do yen japonês frente ao dólar americano ocasionou que a cidade japonesa lidere o ranking de 2012, subindo um posto em comparação ao ano anterior e marcando-a como a cidade com maior custo de vida do mundo. Um segundo fator que respaldou esta situação foi que após o terremoto de março de 2011 que assolou a ilha, o preço dos bens importados se elevou pelas dificuldades que tiveram para chegar ao país asiático. Tokyo é mais de três vezes mais cara que Karachi, a cidade paquistanesa que ficou no final da lista, no lugar número 214.
2. Luanda, Angola.
O elevado custo de vida na capital de Angola se deve ao fato que foi zona de conflito durante 27 anos por uma guerra civil que culminou recém em 2002. O enfrentamento não permitiu que a urbe desenvolvesse uma infraestrutura robusta de transportes nem uma indústria alimentícia, o que acarreta que tem que importar a maior parte de seus alimentos. Apesar de pertencer ao denominado Terceiro Mundo, a urbe africana supera com crescimento de preços a metrópole nova iorquina com os itens que foram comparados. Em comparação ao ano passado, Luanda desceu um lugar no ranking global, mas segue sendo a cidade africana mais cara. Um caso que mostra graficamente a desigualdade desta cidade é o mega bairro Kilamba.
3. Osaka, Japão.
A cidade japonesa, que em algum momento foi o maior centro comercial do país, hoje é a segunda urbe mais importante do país asiático, atrás de Tokyo. No ranking escalou três posições em comparação a lista de 2011, devido a que a sua moeda local se fortaleceu frente ao dólar americano. A partir deste ranking, se mostra que Osaka é a segunda urbe mais cara para viver no continente asiático.
4. Moscou, Rússia.
A capital russa, que abriga mais de 10 milhões de pessoas segundo senso realizado em 2010, se mantém no mesmo lugar do ano passado. Ainda que a crise da zona do Euro tenha desistabilizado a moeda local frente ao dólar americano, o custo de vida se manteve alto pelo preço de locação das moradias e do combustível que demanda a metrópole. entretanto, a urbe moscovita foi denominada durante três anos (2006, 2007 e 2008) como a cidade mais cara do mundo, segundo Mercer.
5. Genebra, Suíça.
A segunda cidade da Suíça é também a segunda urbe européia do ranking com elevado custo de vida. Se bem não variou em comparação ao lugar adquirido no ano passado, ganhou a quinta posição pelo alto valor das habitações e os elevados seguros obrigatórios de saúde que devem possuir seus habitantes.
6. Zurique, Suíça.
A maior cidade do país subiu um posto na listagem devido ao alto custo dos alimentos que supera em 45% o preço médio do restante da União Européia.
7. Cidade de Singapura, Singapura.
A capital asiática que acolhe o quarto centro financeiro mais importante do mundo, é habitada por pessoas de distintas nacionalidades. De fato, segundo as Nações Unidas, Singapura é o sexto país com mais estrangeiros, o que influencia na variação de preços que busca adaptar-se as referências locais dos habitantes. A ascensão nos preços se manifesta notoriamente nos alimentos, os que tem triplicado nos últimos dez anos, encabeçando a lista é o valor do arroz.
8. N’Djamena, República do Chade.
A segunda cidade africana presente na lista, desceu cinco posições em comparação ao mesmo ranking de 2011, devido a que a desigualdade do poder aquisitivo entre ingleses – ou descendentes dos mesmos – e os chadianos, acentua as diferenças de preços no mercado, gerando uma inflação em torno dos alimentos e insumos básicos.
9. Hong Kong, China.
O principal centro financeiro do gigante asiático não variou sua posição no ranking em relação a 2011. entretanto, se mantém como uma das mais caras porque atraí a executivos de grandes firmas globais que possuem um alto poder aquisitivo. ainda sim, tem um sistema de transporte público mais acessível que em outros lugares, porque é possível movimentar-se na cidade através de seis modalidades: ônibus, balsas, metrô, taxis, bondes e trem.
10. Nagoya, Japão.
A cidade nipônica é a quarta mais povoada do país e tem um robusto sistema de transportes que conecta com as principais cidades japonesas. Contudo, o custo de uma passagem até Tokyo de trem, que está longe três horas, alcança aos 40 euros e, na alta temporada, supera esta cifra. Além disso, os taxis locais são bastante caros em comparação aos de outras metrópoles do país.
As cidades latino americanas presentes no ranking são: São Paulo (12), Rio de Janeiro (13), Caracas (29; na listagem anterior se posicionou no lugar 51), Brasília (45), Santiago (74), Havana (99; em 2011 ocupou a posição 53), Lima (129), Buenos Aires (121), Panamá (142), San Juan (146), Cidade do México (154), Santo Domingo (157), Cidade de Guatemala (172), Monterrey (184), Asunción (189), Quito (198), El Salvador (199), Tegucigalpa (206) y La Paz (210).
Segundo Mercer, as 10 cidades com o menor custo de vida das 214 analisadas são:
205 – Tirana (Albânia)
206 – Tegucigalpa (Honduras)
207 – Skopje (Macedônia)
208 – Calcuta (Índia)
209 – Tunis (Tunísia)
210 – La Paz (Bolivia)
211 – Bishkek (Quisguistão)
212 – Managua (Nicaragua)
213 – Islamabad (Paquistão)
214 – Karachi (Paquistão)