Há alguns dias encontramos esta coluna que retrata uma nova característica da vida de uma parcela da população dos Estados Unidos. Uma mudança, no momento de escolher onde morar, que passou do tamanho das casas para uma tendência que valoriza os espaços de pedestres e a mistura de usos diversos. A tradução está na continuação:Por Nona Willis Aronowitz, editora do site GOOD.
“O símbolo do sucesso nos Estados Unidos implica em possuir a maior casa possível, no entanto, nossas fantasias exageradas parecem estar mudando. De acordo com uma nova pesquisa, mais de três quartos dos americanos consideram primeiro a existência de calçadas e lugares onde caminhar quando estão escolhendo o local onde irão viver. Seis a cada dez pessoas também disseram que podem deixar de lado uma casa maior para viver em um bairro que apresente mistura de moradias, comercio e negócios e que seja fácil de se deslocar.
Ao menos desta vez, nossas preferências se alinham com nossa realidade iminente. A crise na habitação deixou claro que o fenômeno de grandes mansões não é sustentável, o que nos forçou a rever nossas prioridades. Em outro estudo realizado em 2010, o número ideal de metros quadrados esperado pelas pessoas para suas casas caiu drasticamente. Está cada vez mais claro que o sonho americano de comprar uma casa antiga e grande terá que ser revisto pelas novas gerações.
Independentemente da situação financeira, viver em áreas caminháveis é melhor para todos nós. Há numerosos estudos que concluem que os estilos de vida suburbanos e rurais são menos saudáveis que viver nas cidades, enquanto que Nova Iorque, a mãe de todas as cidade em que se anda a pé, desfruta de um recorde de expectativa de vida. Os planejadores urbanos já estão averiguando maneiras de projetar subúrbios que não induzam tanto o uso do automóvel. As coisas boas para nós freqüentemente requerem um pouco de sacrifício. No entanto, neste caso, nosso ideal e nosso destino estão perfeitamente alinhados.”
Este artigo foi extraído do site Good. Coluna escrita por Nona Willis Aronowitz, traduzida para o português por Archdaily Brasil.