“Noite Branca” é uma expressão que teve origem na Rússia e nos países nórdicos. Refere-se ao fenômeno do crepúsculo permanente. Inspirado nas ‘Noites Brancas’ de São Petersburgo, onde a música e as artes mantém a população entretida durante as longas noites de verão quando o sol nunca se põe, o termo tem sido usado em uma série de eventos em vários locais ao redor do mundo para celebrar uma noite dedicada para as artes.
É por isso que milhares de pessoas correram para o Parque Municipal, em Belo Horizonte, na noite de 14 de setembro de 2012 para o Festival de primeira Noite Branca no país. Organizadores esperavam um público de 20 mil pessoas, mas o número registrado foi de cerca de 100.000 visitantes – uma multidão totalmente inesperada para um evento onde a tônica foi (supostamente) arte contemporânea. O tema principal da noite foi, além da arte temporária e instalações de arquitetura, a remoção das grades que separam o Parque do seu centro cultural vizinho, o Palácio das Artes.
Vazio S/A de Carlos Teixeira, foi responsável por uma das instalações participantes, com o “Jardim Morto”, um corredor que revincula os dois (historicamente separados) locais com um “indutor de movimentos”, feito de ramos de árvores podadas, definido entre o Parque (de Paul Villon, 1897) e do Palácio das Artes (de Oscar Niemeyer, 1970).