Será que o furacão Sandy, que nesta semana atravessou a costa leste dos Estados Unidos, convencerá as autoridades e os cidadãos de que todas as cidades costeiras do país encontram-se tão vulneráveis como Nova Orleans?Devido às mudanças climáticas, as cidades costeiras dos Estados Unidos, particularmente Nova York, tornaram-se cada vez mais vulneráveis à ira da natureza.
Mas os danos poderiam ter sido menores?
Há dois anos o MoMA pediu a cinco arquitetos idealizarem um novo projeto para Manhattan que evitasse danos em caso de grandes inundações.
Barry Bergdoll, curador da exposição “Rising Currents”, propôs a estes arquitetos o desafio de “mostrar imagens tão cativantes que não poderiam ser esquecidas e tão realistas que não pudessem ser descartadas.” Infelizmente, as propostas se assemelharam à realidade.
Hoje, as imagens procedentes de meios tradicionais e de usuários de redes sociais revelam que o dano de Sandy não foi menor que as imagens expostas.
Este é o outro caso claro onde nos damos conta de que são as tragédias que geralmente geram uma mudança, onde o ideal seria que a mudança fosse feita para prevenção. No Chile, o terremoto e o tsunami vivido em 1927 levaram à planificação e reconstrução das cidades e comunidades costeiras, levando em conta que isto poderia voltar a acontecer.
É provável que Sandy finalmente possa evidenciar a vulnerabilidade de Nova York e mudanças sejam realizadas para que não sejam vistas imagens como estas novamente.
Texto por: Vanessa Quirk – Jornalista Editora de ArchDaily