- Ano: 2012
Trabalhando em um contexto histórico, onde a arquitetura do passado está bastante presente, os arquitetos frequentemente são confrontados com a questão de se é preciso restaurar a integridade física ou a reabilitação do conceito. Esta questão veio à luz em resposta à decisão conjunta da cidade de Amberes e o Comitê de Patrimônio Cultural para reabilitar o histórico Parque Boekenberg, em Deurne. No marco de uma associação público privada, o escritório OMGEVING foi designado para dar forma às novas ambições da cidade.
Baseando-se na análise histórica do sítio, arquitetos e paisagistas propuseram abordar o novo desenvolvimento dentro do marco conceitual do jardim inglês do século 18. A ideia era levar o visitante ao já conhecido e cuidadosamente organizado entorno natural romântico para confrontá-lo com uma carga emocional de eventos dramáticos.
Desta maneira, a paisagem degenerada teve de ser levada à sua forma ideal e transformada em uma lagoa na floresta fundindo-se suavemente ao seu entorno. Levando em conta que a qualidade da água tem que corresponder com as regulamentações de saúde e segurança atuais, propõe-se utilizar uma tecnologia ecológica de tratamento da água, que permitirá a criação de um ecossistema aquático.
No lado oposto da água três tendas emergem. Projetadas como um grupo de objetos independentes, suas formas evocam imagens das formações rochosas espetaculares vistas em pinturas do século 18, de Hans Gude ou Peter Balke. Os espaços entre elas, como abismos entre penhascos, enquadram suavemente as vistas dos bosques no lado oposto da água.
Esta reinterpretação criativa da história permite aos arquitetos tomar ação, mantendo o respeito pela história do local, atendendo aos padrões modernos de conforto e sustentabilidade.