A nova prefeitura de São Paulo inicia um projeto para recuperar as calçadas da cidade e enterrar grande parte da fiação pública. O custo da obra tem estimativa de R$ 15 bilhões.
O projeto, iniciado pelo atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, trabalha com a ideia de "Cidade Limpa", termo que faz referência à lei da gestão de Gilberto Kassab que proíbe a presença de outdoors na cidade. A obra, que ainda deve ser elaborada e desenvolvida, é avaliada em R$ 15 bilhões, sendo executada inicialmente apenas nas principais regiões de São Paulo. O custo por metro de fiação enterrada é em torno de R$ 5,5 mil.
A prefeitura estuda formas de viabilizar o projeto, principalmente uma maneira em que a iniciativa privada divida os custos da operação. Uma das formas possíveis são as parcerias público-privadas (PPPs), nas quais construtoras financiariam o custo da obra e depois possuiriam o direito de alugar as galerias subterrâneas criadas para concessionárias como a Eletropaulo e a Sabesp por um determinado período. Logo, as empresas que mais arcariam com os custos desta operação seriam as que mais fizessem uso de galerias subterrâneas.
Em reunião com empreiteiras, o prefeito foi informado que este projeto poderia ser executado como as obras do metrô - com métodos chamados de "não destrutivos", nas quais a máquina de perfuração atinge o subsolo e a partir de lá começa a escavar, sem que haja a necessidade de intervir em todo o comprimento das calçadas. Porém, a prefeitura tem como intenção também reformar os passeios públicos.
A opção pela fiação subterrânea não se trata apenas de uma questão visual, muito pelo contrário. Além de contribuir para a paisagem urbana, a ausência de postes e cabos elétricos contribui não só com a segurança de pedestres e de motoristas, bem como torna toda esta infraestrutura mais eficiente e protegida das intempéries que tanto interferem em seu funcionamento, como as chuvas.
Em São Paulo, ruas comerciais como Oscar Freire e Avanhandava tiveram suas fiações enterradas nos últimos anos, com obras financiadas pela iniciativa privada. Outro exemplo na cidade é a Avenida Faria Lima, que possui 1,5 km de fiação subterrânea. A prefeitura ainda não se pronunciou sobre detalhes e prazos para o projeto.
Via IG.