O Fortyseven é um novo spa termal projetado pelo arquiteto Mario Botta, situado ao lado do rio Limmat em Baden, na Suíça. Baden, conhecida por seus ricos atrativos culturais e de bem-estar, tem uma herança centenária ligada aos spas. O Fortyseven Thermal Wellness Spa revive esse legado histórico ao apresentar a cultura do bem-estar por meio de uma abordagem moderna. O projeto oferece um encontro imersivo para o corpo, mente e alma — aspectos capturados pelas lentes do fotógrafo Paul Clemence.
O projeto se baseia na disponibilidade de água termal local, um elemento rico em minerais, a uma temperatura natural de 47ºC. A estrutura de 160 metros de comprimento é revestida com uma fachada de pedra natural pontuada por aberturas que miram o céu. As termas têm vista para a cidade antiga ao sul e são compostas por várias piscinas internas e externas com diferentes temperaturas.
Além das piscinas, saunas e salas de tratamento, o programa inclui um bar, restaurante, café e bistrô no jardim para os meses de verão. No lado leste das instalações de bem-estar fica a residência, que funciona como uma clínica de reabilitação: a Residenz47. Escadas conectam ambos os espaços ao nível da rua, com um novo calçadão ao longo do rio. A Residenz47 assume uma forma não convencional, incorporando estruturas trapezoidais com vista para a margem oposta do rio. Os pavimentos superiores abrigam unidades residenciais e espaços clínicos, enquanto os inferiores abrigam instalações relacionadas ao spa.
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A composição é inicialmente projetada em diálogo com o rio. De fato, as grandes rochas inseridas ao longo do rio são as próprias termas, visualmente ligadas à paisagem circundante. As termas possuem janelas envidraçada que percorrem três lados de cada bloco, abrindo-se para o rio.
A fotografia arquitetônica é um meio poderoso para contar uma narrativa de um edifício por meio de enquadramentos cuidadosamente elaborados, afetados pelo tempo, luz, sombra e condições do entorno. Muitos artistas procuram registrar clássicos da arquitetura e recontar suas histórias de maneiras diferentes, como o fotógrafo Bahaa Ghoussainy, que recentemente fotografou a Fundação Prada do OMA em Milão, ou Iwan Baan, que acaba de lançar o "Diário de Praga", uma versão crua e não editada de sua experiência pessoal com a capital da República Tcheca.