O MVRDV venceu o concurso para projetar dois edifícios no Tianfu Software Park, em Chengdu, China. Uma das estruturas é uma torre de 150 metros de altura que funciona como peça central de todo o campus. A outra é um centro cultural de quatro andares, incluindo um museu de arte, uma sala de conferências, uma biblioteca e um espaço de exposições. Apresentando um design inclinado facetado, o projeto convida os visitantes a explorar seu interior.
O projeto foi desenvolvido pelo Chengdu High-Tech Investment Group e abrigará empresas focadas no desenvolvimento de tecnologias como 5G, inteligência artificial, big data e outros campos da alta tecnologia. Localizado no sudeste de Chengdu, onde a expansão urbana encontra uma área rural montanhosa, o design é influenciado por essa interseção entre a cidade e a natureza. Além disso, o plano está alinhado com a iniciativa do governo de Chengdu chamada "cidade parque", que envolve a incorporação de elementos que se estendem desde as áreas verdes vizinhas até as estruturas. Na verdade, a torre ostenta um exuberante jardim em cascata, enquanto o centro cultural apresenta um vital telhado verde.
O projeto da torre de escritórios maximiza a eficiência de cada andar e otimiza as vistas das montanhas a leste. Cercado por uma fachada de malha, o átrio cria um espaço semiaberto que se abre na base, misturando-se gradualmente com o pódio comercial. Como resultado, o átrio pode dar suporte ao sistema de regulação climática e ventilação do prédio. Na verdade, o átrio funciona como uma zona de amortecimento, minimizando o ganho solar dentro dos espaços de escritório e permitindo a ventilação cruzada passiva por meio da malha e painéis abertos nas fachadas opostas. Com isso, reduz a quantidade de energia que o prédio consome, sombreando os terraços e auxiliando na diminuição da necessidade de resfriamento nas áreas de escritório.
O centro cultural é moldado por um terreno triangular, orientando a estrutura do edifício. Os vários programas são empilhados para formar terraços voltados para o parque. O interior em terraços é coberto por um telhado verde de painéis triangulares facetados, formando um espaço semi-externo de átrio que circunda e tem vista para os espaços internos. Os painéis são levantados em diferentes lugares ao longo do perímetro do telhado para criar janelas de clerestório de vidro que permitem a entrada de luz no interior. O próprio telhado é um pequeno parque, equipado com praças públicas, um caminho contínuo e jardins verdes exuberantes que se estendem pela paisagem no topo do edifício inclinado.
Em nossos projetos tanto para a torre de escritórios quanto para o centro cultural, o átrio desempenha um papel fundamental. Embora adotem formas diferentes - um mais vertical e o outro mais acessível - ambos servem às mesmas funções. Eles incorporam elementos verdes, conectam os edifícios de baixo a cima, oferecem sombreamento e ventilação que tornam os prédios sustentáveis e, o mais importante,eles tornam esses edifícios locais sociais e emocionantes para se estar. -- Winy Maas, sócia-fundadora do MVRDV.
Na semana passada, o MVRDV e a LOLA Architects anunciaram "Grüne Mitte", um novo empreendimento com 500 novos apartamentos e espaços comunitários em Düsseldorf, na Alemanha. Além disso, o MVRDV acaba de anunciar o masterplan WärtZ, que transforma um antigo parque empresarial perto da estação ferroviária em um dinâmico hub de inovação. Por fim, o estúdio colaborou com a Orange Architects para criar o Projeto NUVO, um novo complexo de uso misto na capital da Ucrânia.