Numa tentativa de valorizar o trabalho de arquitetos, que muitas vezes têm seus projetos alterados pelas construtoras, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, baixou um decreto exigindo que os novos edifícios da cidade tenham o nome de seus autores exibidos na fachada.
A assinatura de prédios, mesmo os residenciais, já foi uma prática no Rio de Janeiro, principalmente em edificações art déco e modernistas. É um detalhe, mas basta um olhar mais atento para perceber que um dos pilotis do Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, exibe o nome de Affonso Eduardo Reidy.
No Brasil esta não foi uma prática muito difundida, com exceção de algumas obras art déco - onde se destaca a figura do arquiteto francês Henri Sajous, que “assinou” diversos edifícios no Rio de Janeiro - e modernistas – das quais vale ressaltar o Palácio Gustavo Capanema (Ministério de Educação e Saúde no centro do Rio de Janeiro), que exibe, ao lado dos elevadores, uma placa com as palavras: “projetado pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Moreira, Carlos Leão, Lucio Costa e Ernani Vasconcelos, sob risco original de Le Corbusier.”
Ficam de fora do decreto, publicado no dia 20 de fevereiro, os edifícios de interesse social. O lugar exato onde será exibido o nome fica a critério do autor. A obra que descumprir a determinação não receberá habite-se. Após a conclusão da obra, a responsabilidade de manter a comunicação visual em bom estado é dos habitantes ou da instituição que a ocupa.
Referência: O Globo