A Catalunha está retornando pela segunda vez para à Bienal de Arquitetura de Veneza 2014 com o Evento Concomitante Arquitectures Empeltades / Grafting Architecture. Referenciando o processo botânico de fazer enxertos, a proposta visa elucidar as mudanças que ocorrem na arquitetura contemporânea catalã, destacando processos em que "tradições vivas" estão sendo atualizadas como novas.
Mais sobre "Arquitetura de enxerto" a seguir...
Assim como o enxerto pode unir permanentemente duas árvores, estruturas pré-existentes podem ser modernizados, ou enxertadas, com uma nova proposta, que gera um edifício que é ao mesmo tempo contemporâneo e reconhecível. Essa idéia de "arquitetura enxertada" pode ser identificado através de muitos séculos. No entanto, de acordo com o curador Josep Torrents i Alegre, "é no último trimestre do século 20 e início do século 21, onde encontramos um grande número de projetos de arquitetura catalã em que as propostas de diferentes tipos e escalas alcançam resultados brilhantes."
O ponto de partida para a Arquitetura de Enxerto é a restauração da Casa Bofarull (1913-1933), uma das principais obras de Josep Maria Jujol (1879-1949). Nesta obra, Jujol "não se relaciona com o edifício através da realização de restaurações empalhados, intervenções historicistas ou reformas aditivos; ele transforma as estruturas em algo novo, mas ao mesmo tempo reconhecível ".
Casa Bofarull permite a exposição explorar uma atitude arquitetônica que é atemporal. Acompanhando o projeto estará a IES La Llauna em Badalona (1984-1956, Carme Pinós e Enric Miralles), Espai La Lira em Ripoll (2004-11, RCR Arquitectes e Joan Puigcorbé), e o Espaço Transmissor para o Megalítico Tumulus / Dolmen in Seró (2007-2013, Toni Gironès) - todos projetos que "trabalham com as construções pré-existentes e que são o resultado de camadas de conceitos em que os materiais tradicionais são reinterpretados, inseridos no território, e engajados no diálogo."
Os quatro edifícios selecionados permitem a compreensão mais profunda de uma atitude compartilhada por outros exemplos de arquitetura. Assim, uma seleção de doze projetos, através dos quais diferentes formas de abordar os diferentes problemas podem ser rastreados, estão sendo apresentados:
- Apartamentos no La Pedrera (1953-1955, Francisco Juan Barba Corsini)
- Restauro da Igreja de L’Hospitalet (1981-1984, José Antonio Martínez Lapeña & Elias Torres Tur Architects)
- Casa Caldereria Petita em Gelida (2001-2002, Calderon - Folch - Sarsanedas Arquitectes)
- Museu Can Framis em Barcelona (2007-2009, BAAS Arquitectura)
- apartamento Juan em Barcelona (2011, Vora arquitectura)
- Auditório da Igreja de Saint Francesc em Santpedor (2003-2011, David Closes)
- Três Estações do Metro de Barcelona Line 9: Amadeu Torner, Parc Logístic e Mercabarna (2008-2011, Garcés - De Seta - Bonet Arquitectes & i Ingeniería Tec-4 - Ferran Casanovas, Antonio Santiago i Felipe Limongi)
- Centro de Saúde Arenys de Munt – Can Zariquiey (2006-2013, Miàs Arquitectes)
- Centro Cultural Casal Balaguer em Palma (1996 – under construction, Flores&Prats Arquitectes & Duch-Pizá)
- Aterro Vall d’en Joan em Begues (2002 - under construction, Enric Batlle, Joan Roig and Teresa Galí I Izard)
- Torre com 94 unidades habitacionais subsidiadas (2012- under construction, Josep Llinàs)
- Projeto para Renovar e desenvolver a área de Adhamyia em Baghdad (2012 – under construction, AV62 Arquitectos & Pedro García del Barrio & Pedro Azara)
A exposição apresentará o processo de cada arquiteto durante a elaboração e construção dos projetos selecionados. Além disso, a percepção de cada estrutura concluída será revista, revelando como a arquitetura enxertada se uniu à sua paisagem.
Torrents i Alegre será acompanhado por dois curadores adjuntos da exposição: Guillem Carabí, arquiteto encarregado da seção dedicada à Jujol; e Jordi Ribas, gerente cultural a cargo das Ações.
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