Na década de 70, torres eram vistas como uma solução ideal para habitação de interesse social. Nas décadas seguintes, entretanto, muitos dos apartamentos destas edificações começaram a ser ocupados por uma única pessoa ou por idosos, ao invés das jovens famílias de baixo poder aquisitivo para as quais estas torres foram originalmente projetadas. Hoje, embora haja muitas opções possíveis, a solução mais dramática é, por vezes, levada a cabo: derrubar os edifícios e recomeçar do zero.
Um grande exemplo são as torres Rabot em Ghent, Bélgica. No passado essas três torres acomodavam cerca de 840 moradores, no entanto, os padrões de qualidade e segurança das edificações ficaram obsoletos e não são mais adequados para habitação. Por exemplo, uma das torres conta com apenas um hall de entrada para 190 apartamentos distribuídos em 17 pavimentos. Já que uma requalificação completa das torres custaria muito caro, em 2009 a cidade decidiu demoli-las e substituí-las por 400 unidades em um plano de baixa densidade. A demolição da primeira torre está atualmente em curso. Com a remoção dos painéis de fachada pode-se ver através da face pública, revelando os diversos ambientes internos ritmados pelas esquadrias das janelas, quase como uma pintura abstrata.
Veja mais imagens dos interiores coloridos das torres a seguir...
Fréderic Louis é um arquiteto belga, fotógrafo freelancer e fundador do site de arquitetura e urbanismo Gentcement.
Pieter Lozie é um arquiteto e fotógrafo de arquitetura de Ghent. Atualmente trabalha com visualização 3D para arquitetura.