Para inciar nossa cobertura na Bienal de Veneza, trazemos até vocês fotografias do OfficeUS, a contribuição dos EUA às exposições nacionais organizadas sob o tema "Absorbing Modernity." O pavilhão é tanto um repositório de informações sobre a história de escritórios de arquitetura dos EUA (com especial atenção ao papel do país como exportador de arquitetura), como a base de operações para um novo escritório de arquitetura que foi criado especialmente para a bienal desse ano. A pesquisa, reunida em livretos, está exposta nas paredes do espaço. Enquanto os visitantes percorrem o pavilhão, os membros do OfficeUS trabalham em mesas especialmente projetadas. Os resultados do escritório serão determinados ao passo que a Bienal progride. Tivemos a oportunidade de conversar com os organizadores, então, fique de olho nas entrevistas com os curadores e arquitetos do Pavilhão dos EUA (logo serão publicadas!). Por ora, leia a descrição dos curadores da exposição.
Do Catálogo da Bienal. O último século da arquitetura dos EUA é a estória de sua exportação. Hoje, cinco de cada dez grandes firmas de arquitetura têm sede nos Estados Unidos, fazendo dos EUA o maior exportador de arquitetura do mundo. As formas, tecnologias, processos de produção, métodos e produtos dos escritórios americanos atravessaram o globo nos últimos cem anos, da importação da ingenuidade arquitetônica dos EUA na Europa na década de 1920, à campanha arquitetônica do Plano Marshall nos anos 50, aos projetos movidos pelo petróleo dos anos 70, à proliferação contemporânea global de arranha-céus. O OfficeUS reformula a história da arquitetura dos EUA através das lentes da exportação, ao mesmo tempo que coloca o futuro do escritório no centro da estória. A primeira sede do OfficeUS, o Pavilhão dos EUA no Giardini em Veneza, consiste em duas construções inter-relacionadas: The Office e The Repository. O Repository (repositório) apresenta, num arquivo cronológico, projetos concebidos por escritórios americanos que trabalharam fora dos EUA entre 1914 e 2014. Individualmente e coletivamente, esses projetos contam múltiplas estórias sobre escritórios dos EUA, tipologias e tecnologias, além de uma narrativa mais ampla sobre a modernização dos EUA e seu alcance global. O escritório estabelecido na Bienal envolve esses projetos, revisitando suas premissas e conclusões no curso da exposição. Os elementos do OfficeUS criam um registro histórico das contribuições dos EUA para o pensamento arquitetônico mundial. Se, de fato, nosso presente é o resultado inevitável das estórias que o OfficeUS examina, é através dessas estórias, então, que podemos ver a história da modernidade arquitetônica dos EUA e projetar alternativas futuras.