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Este ano o Pavilhão da França se destacou com um dos melhores pavilhões no Giardini, comunicando uma tese clara e envolvente que recebeu uma Menção Especial do júri.
O curador Jean-Louis Cohen levanta quatro questões através de quatro galerias, demonstrando as contradições que permeiam a história da modernidade e da arquitetura na França. As respostas ambivalentes da arquitetura à promessa da modernidade estão expostas através da justaposição de uma montagem cinematográfica contínua (que ocorre simultaneamente ao logo das quatro galerias) e objetos de grande escala.
Assista um trecho do filme de Teri Wehn Damisch e leia a descrição do curador a seguir. Para um tour virtual do espaço projetado pelo escritório parisiense Projectiles, clique aqui.
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Do Catálogo Oficial da 14ª Exposição Internacional de Arquitetura. Desde 1914 a França não apenas "absorveu" a modernidade mas também a moldou através de contribuições de arquitetos e engenheiros que responderam às expectativas de diversos componentes da sociedade. As em muitos outros cenários nacionais, formas e estruturas modernas trataram dos programas da reforma social, materializando grandes esperanças. Mas muitas dessas expectativas surgidas dos experimentos e discursos permaneceram não atendidas. Esses "desajustes" são discutidos através de quatro episódios contraditórios marcados pela esperança e desilusão, entrelaçados por uma grande tela que expõe propagandas e filmes de ficção.
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Galeria 1 - Jacques Tati e Villa Arpel: objeto de desejo ou do ridículo? Apresentada como uma maquete em grande escala, a principal personagem do filme Mon Oncle (1958), de Jacques Tati, era uma casa provocante; longe de contribuir com uma vida doméstica feliz, a vila parecia manipular seus habitantes.
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Galeria 2 - Jean Prouvé: Imaginação construtiva ou utopia? O projetista e construtor de refinadas estruturas metálicas Jean Prouvé proferiu extraordinárias palestras em Paris, nas quais mostrou a construção de aviões e automóveis, além de componentes arquitetônicos. Apesar de suas bem sucedidas contribuições a muitos edifícios modernos, suas ideias foram, em grande parte, desprezadas pela grande indústria.
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Galeria 3 - Painéis Pesados: economia de escala ou monotonia? Na França do pós-guerra, grandes programas financiados pelo estado levaram à hegemonia dos grandes painéis de concreto concebidos pelo engenheiro Raymond Camus. Seu sistema foi usado tanto na Alemanha Ocidental e Oriental e produzido por indústrias soviéticas; posteriormente, seus painéis foram aplicados em construções em Cuba e mesmo no Chile.
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Galeria 4 - Grandes conjuntos: heterotopias de cura ou lugares de reclusão? Em 1942, José Luis Sert estabeleceu o esquema de habitação Drancy, de Eugène Beaudouin e Marcel Lods, como um protótipo habitacional para o pós-guerra; no mesmo período, entretanto, o esquema foi empregado em campos de internação nazistas. Essa trágica metamorfose reflete a ambiguidade dos projetos construídos fora e contra a cidade, e isso está agora sendo reconhecido.