A companhia de tintas AkzoNobel anunciou planos de financiar um projeto de pesquisa global do OMA que investigará a ligação entre as cores e o desenvolvimento econômico. O projeto é parte da iniciativa "Human Cities" da AkzoNobel, que, segundo a empresa "destaca seu comprometimento em melhorar, energizar e regenerar comunidades urbanas em todo o mundo."
O anúncio foi realizado semana passada na Bienal de Arquitetura de Veneza. Continue lendo para saber mais sobre essa iniciativa de pesquisa.
Comentando sobre o projeto de pesquisa, e sobre a iniciativa "Human Cities" em geral, o CEO da empresa, Ton Büchner, disse: "Até 2050, mais de 75 porcento da população global viverá nas cidades. Dado que 60% de nossos produtos são voltados para segmentos da construção, infraestrutura e transportes, a Akzo Nobel tem uma importante influência no processo de transformação urbana que está acontecendo.
"Acreditamos que nossa nova parceria de pesquisa com o OMA trará uma contribuição significativa para criar um ambiente urbano mais "humano" para os cidadãos de todo o mundo, então, estamos muito satisfeitos em sermos parceiros de Rem Koolhaas e do OMA nesse estudo."
Koolhaas comentou sobre o projeto: "A ligação entre as cores e nossa reação emocional ao ambiente construído é bem estabelecida. Mas não para por aí. Ao afetar nossas percepções, as cores causam diferentes impactos em todas as variáveis que determinam a vitalidade da cidade: social, cultural e econômica."
Este não é o primeiro exemplo de pesquisa sobre as cores e seus efeitos na economia. A dupla holandesa Haas e Hahn demonstrou o efeito do Favela Painting, e no projeto Favela-Bairro, de Jorge Mario Jáuregui, de 2001, a relação entre a cor e a pobreza fora revelada.
"As cores estavam ausentes devido à pobreza, as pessoas trabalham dentro, mas não podem se dar ao luxo de trabalhar fora. E quando um novo edifício planejado é erguido na favela - seja um banheiro público ou uma cooperativa de costureiras - ele imediatamente se torna um monumento. Foi concebido por um arquiteto, indica que as coisas estão mudando: as pessoas compreendem então que têm direito ao que era disponível até então apenas na 'cidade formal'."