"Porque não temos nada, queremos fazer tudo"
Com uma votação de 32 votos a favor, Chile foi eleito sede da Copa do Mundo no ano 1945, evento que se realizou apesar das precárias condições em que se encontrava o país logo depois do terremoto Valdívia de 1960 e da morte de dois dos principais nomes do campeonato: Carlos Dittborn e Juan Pinto Durán.
O documentário que hoje lhes apresentamos, por causa da copa que está sendo realizada do Brasil, foi patrocinado pela própria FIFA e mostra - além da revisão de grande parte dos seus jogos - um interessante olhar sobre a cidade de Santiago naquela época e algumas das suas edificações desportivas, construídas e remodeladas especialmente para o evento através de um grande esforço.
Revise o documentário completo, a seguir.
Apesar do terremoto de 1960 uma grande quantidade de federações colaboraram para seguir em frente com o sonho de receber a copa do mundo no Chile, mesmo tendo que obrigar as autoridades a reformular os planos de modernização e construção de infraestrutura propostos antes do desastre.
Foram descartadas como cidades-sede as zonas afetadas no sul do país e os esforços se concentraram em Santiago, Arica (graças ao Comitê de Desenvolvimento de Arica), Viña del Mar (graças a sua prefeitura) e Rancagua (com ajuda da Braden Copper Company, dona da mina El Teniente).
Em Santiago, o Estádio Nacional, construído originalmente em 1958, foi reformado e ampliado especialmente para a Copa do Mundo Chile 62, substituindo seus anterior velódromo por galerias e alcançando uma capacidade de 95.000 pessoas. No estádio foram disputados os jogos do Grupo B - composto pelo Chile, Alemanha, Itália e Suíça - além de receber os jogos das quartas de final.
O documentário, realizado com um enfoque totalmente europeu, vê o Chile dos anos 60 com olhos estrangeiros, destacando suas qualidades mas também deixando a mostra as precárias condições urbanas e sociais em que foi recebida a copa do mundo, ocasião na qual - apesar de tudo - os chilenos mostram seu melhor lado frente ao mundo.