Como as pessoas se deslocam de bicicleta pela cidade? Essa foi a pergunta que o arquiteto Jorge Toledo, integrante da Ecosistema Urbano, se fez após percorrer Madri em duas rodas. A experiência de Toledo não foi nem um pouco agradável, tampouco segura, devido à falta de ciclovias conectadas e sinalização.
Numa segunda tentativa escolheu uma rota alternativa e utilizou um aplicativo com GPS que, apesar de tê-lo ajudado, o fez passar longe das atividades comerciais, sociais e culturais da cidade.
Essas experiências desagradáveis levaram a organização Ecosistema Urbano a tentar melhorar a experiência do ciclismo urbano com o BikeLine, um aplicativo que funciona como um guia e ajuda o ciclista a se movimentar pela cidade, combinando rotas físicas – sinalizações no chão – com as digitais e incluindo dicas de atividades nos trajetos e locais de destino.
Saiba mais sobre o projeto a seguir.
O aplicativo utiliza linhas como elemento básico, já que estas são a forma mais comum de representar uma rota - tanto para motoristas como para ciclistas e pedestres - e simbolizam a ideia de continuidade da cidade.
As linhas que podem ser vistas no celular são as mesmas que estão pintadas nas ruas e vêm acompanhadas de outras informações, como a localização de estacionamentos, oficinas de bicicletas, lojas especializadas em produtos para ciclistas e locais de descanso.
Como a ideia é que o percurso seja continuo, o aplicativo reconhece quando o ciclista está em movimento e identifica a linha que está seguindo, transmitindo, assim, as informações complementares através de sons, evitando que o ciclista desvie seu olhar da rota.
Ecosistema Urbano é uma organização que desenvolve propostas de desenho urbano social, ou seja, projetos que procuram melhorar a organização da cidade e a interação social nos espaços públicos. A organização descreve as linhas como uma maneira de trazer a cidade “a uma escala mais humana: a escala da bicicleta”.
A proposta foi premiada no ano passado no concurso Get a Bike, realizado em Oslo, que buscava ideias que melhorassem a segurança e comodidade dos trajetos em bicicleta.
Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.