“O pintor é o mágico que imobiliza o tempo.” Iberê Camargo
O projeto da Fundação Iberê Camargo que recebeu o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002, é a primeira edificação do arquiteto português Álvaro Siza no Brasil e um referente arquitetônico não apenas para a cidade de Porto Alegre, mas também para o Brasil. Definida por ele como uma “quase escultura” – em que luz, textura, movimento e espaço são cuidadosamente explorados –, a edificação favorece a relação direta entre o espectador e a obra de arte, e torna o contato com o trabalho de Iberê, - um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20 - , ainda mais rico.
"Arquitetos não inventam nada, apenas transformam a realidade." Álvaro Siza
Primeira no Brasil a utilizar concreto branco aparente, armado em toda a sua extensão, a construção não utiliza tijolos ou elementos de vedação. O projeto da Fundação conduz o visitante até o último andar, induzindo o trajeto em descenso através de rampas nas nove salas de exposição distribuídas nos três andares superiores. A volumetria monolítica é um maciço desprovido de lajes, pilares e vigas que suporta a carga da estrutura. Nenhum detalhe escapa a mão do arquiteto, o mobiliário e a sinalização também foram criados por Siza.
Na semana passada, o projeto foi nominado um dos sete finalistas ao Mies Crown Hall Americas Prize (MCHAP), evento cuja primeira edição abrange obras construídas nos 13 primeiros anos do século XXI e conta com um destacado grupo de jurados: Francisco Liernur, Sarah Whiting, Wiel Arets, Dominique Perrault, e Kenneth Frampton.
Aproveitamos então a ocasião para compartilhar um incrível registro fotográfico deste imponente projeto realizado por um dos mais importantes fotógrafos de arquitetura do mundo o português Fernando Guerra | FG+SG - Últimas reportagens, que gentilmente nos cedeu as imagens, parafraseando Iberê Camargo, “O fotógrafo é o mágico que imobiliza o tempo.”
Veja a seguir as belíssimas imagens da Fundação Iberê Camargo :