Os ciclistas e corredores que utilizam o aplicativo Strava podem controlar o tempo, as distâncias e as rotas percorridas, transformando, assim, o app em uma base de dados que indica quais os caminhos favoritos dependendo das condições climáticas e da hora do dia.
Com isso em mente, o Departamento de Transportes do Estado de Oregon está usando o Strava para escolher os locais das novas ciclovias e, assim, construí-las onde as pessoas realmente precisam, uma vez que o aplicativo disponibiliza dados específicos como, por exemplo, os pontos de início e fim dos trajetos.
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Nesse sentido, algumas pessoas consideram o aplicativo mais eficiente que instalar contadores de bicicleta, já que estes registram apenas a passagem dos ciclistas por um determinado ponto, ignorando os caminhos percorridos antes e depois da contagem.
Um exemplo da aplicabilidade desse dispositivo foi a constatação de que num determinado cruzamento os ciclistas que vinham pelo sul trafegavam mais lentamente, enquanto que os oriundos do norte eram obrigados a passar mais devagar ou descer da bicicleta e cruzar a pé.
Esta foi a primeira vez que os planejadores puderam distinguir um padrão numa área, constatando que esse cruzamento apresentava um risco para seus usuários.
Como o aplicativo permite ver a velocidade do ciclista em cada trecho da rota, pode-se saber se em algum momento este teve que descer da bicicleta e andar a pé, identificando, assim, as áreas de possível risco.
Analizando os mapas pode-se saber se os ciclistas se mantiveram nas ciclovias ou sobre as calçadas. No caso do Oregon isso ajudou os planejadores a determinar quais pontos da Avenida 26 deveriam receber reforços de segurança através de iluminação e sinalização mais eficientes.
Michael Horvath, cofundador do Strava, disse que este tipo de uso do aplicativo não altera o objetivo da empresa, que é, subretudo, melhorar a vida dos ciclistas.
Via Plataforma Urbana. Tradução Maria Júlia Martins, ArchDaily Brasil.