Até o momento a Ponte de Öresund, uma das maiores da Europa com mais de 7.800 metros de extensão, que conecta Copenhague (Dinamarca) e Malmö (Suécia), permite, em seus dois níveis, apenas o tráfego de carros, caminhões e trens em dois níveis.
Recentemente, entretanto, a Dinamarca propôs um plano de conexão via bicicletas entre estas duas cidades, reconhecidas entre as mais bem preparadas para o ciclismo urbano segundo o Ranking Copenhagenize 2013. A ideia consiste em criar uma “estrada” ou ciclovia sobre a ponte que une os dois países, ampliando consideravelmente suas infraestruturas cicloviárias e conformando uma região metropolitana internacional que engloba quatro milhões de habitantes.
A Ponte de Öresund possui dois níveis: um inferior, por onde circulam os trens, e outro superior, para carros e caminhões. A nova proposta prevê a construção de um terceiro nível exclusivo para o tráfego de bicicletas. O plano, conhecido como Öresund 2070, foi criado pelas empresas Skanska e Swec, que também participaram da construção da ponte.
Esta nova estrada para bicicletas seria coberta, o que a tornaria mais segura para os ciclistas e permitira o tráfego mesmo em condições climáticas menos favoráveis. O nível destinado a automóveis é frequentemente bloqueado quando há mau tempo devido ao risco dos carros e caminhões tombarem pelos fortes ventos.
Entre os benefícios econômicos e sociais trazidos por essa nova estrada pode-se destacar que esta é uma opção mais limpa e saudável para as 30 mil pessoas que cruzam a ponte diariamente para trabalhar.
Assim, como parte da criação de uma grande zona metropolitana internacional, os portos de ambas as cidades já se fundiram e se planeja criar um consórcio único entre as universidades da região, oferecendo mais opções de cursos para os estudantes.
Outra das iniciativas idealizadas para esta região é a construção de um metrô, o primeiro internacional, que conectará ambas as cidades através dos túneis que unem as costas. Entretanto, uma das ideias mais interessantes é aquela que prevê a passagem do metrô pela ponte - segundo o especialista em infraestrutura sueco, Lennart Serder, caso passe pelo mesmo caminho que a nova estrada de ciclistas, o metrô teria uma demanda diária de 60 mil passageiros em 2030.
Mesmo que até o momento não exista uma data estimada para o início da construção da estrada nem uma previsão do custo total do projeto, os pedágios para atravessar a ponte – que custam em média 43 Euros para carros – foram considerados uma opção de financiamento.
Via Plataforma Urbana. Tradução Arthur Stofella, ArchDaily Brasil.