Construída, escrita ou desenhada, a obra do arquiteto, teórico e educador americano Peter Eisenman (nascido em 11 de agosto de 1932) é caracterizada pelo desconstrutivismo e por seu interesse pelos signos, símbolos e processos significação.
Formado em arquitetura pelas universidades Cornell e Columbia e com PhD na Universidade de Cambridge, Eisenman alcançou a fama no final dos anos 60, como parte do New York Five, um grupo que compartilhava o interesse pela pureza da forma arquitetônica, formado por Eisenman, Michael Graves, Richard Meier, John Hejduk e Charles Gwathmey. Também fundou o Institute for Architecture and Urban Studies (IAUS), um think tank internacional sediado em Nova York que se tornou o mais importante centro de debate arquitetônico dos EUA nos anos 70.
Eisenman é um dos maiores teóricos da arquitetura do século XX. É, também, uma figura controversa, tendo mostrado desinteresse por muitas das preocupações mais pragmáticas abordadas por outros profissionais.
Sobre sua ideia de arquitetura, Eisenman comenta:
Trata-se de interromper qualquer comunicação e situar dentro da própria arquitetura um dispositivo que faz com que você reaja emocional, fisica e intelectualmente. Sem representação. Minha arquitetura não significa nada. Mas a experiência é outra coisa.
Em 2004, Eisenman recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra na Bienal de Arquitetura de Veneza e foi homenageado com o Prêmio Wolf Foundation nas Artes em 2010. Em 2014, recebeu o Piranesi Prix de Rome por conquistas na carreira, concedido pela Accademia Adrianea di Architettura e Archeologia.
Dada sua influência significativa na profissão, Eisenman construiu surpreendentemente pouco. Todavia, os edifícios que realizou costumam ser incrivelmente densos em sua base ideológica – manifestos congelados de sua teoria. Como fundador e diretor do escritório Eisenman Architects, suas obras mais importantes são a Casa VI, o Centro Wexner para as Artes, o Memorial dos Judeus Assassinados da Europa e a Cidade da Cultura da Galícia.