"Acho que devemos dar e ter prazer, se possível. O motor de todo o movimento, para mim, é a arquitetura, que faz parte da vida, de cada momento, de cada mês, de cada ano, é um testemunho da vida que passa e desaparece. É energia vital."
Hoje, o renomado arquiteto francês Jean Nouvel completa 72 anos. Vencedor do Prêmio Wolf em 2005 e do Prêmio Pritzker em 2008, este arquiteto sempre se mostrou contrário ao fenômeno dos arranha-céus que teve início nos anos 1990; segundo ele, essas obras caem de paraquedas, são os mesmos em todo o mundo, sem raízes. Nouvel afirma procurar sempre as particularidades de cada lugar - a cultura, o patrimônio - aquilo que torna cada local onde projeta seus edifícios único.
Cada uma de suas obras é livre de ideias preconcebidas, o que resulta em projetos muito diferentes entre si, como se observa no Instituto Mundo Árabe, na Fondation Cartier, na Torre Agbar, na ampliação do Centro de Arte Rainha Sofia, no projeto para o novo Louvre Abu Dabi e na Ópera Nacional de Lyon. Esses projetos, apesar de diferentes, compartilham de interessantes jogos de luzes e sombras e se relacionam harmoniosamente com seus respectivos entornos.
Além de arquiteto, Nouvel tem grande interesse pela política; um reflexo de sua participação ativa nos protestos estudantis de maio de 68. Em 1976 fundou, juntamente com outros jovens arquitetos franceses, o "Mars 1976" e o Sindicato de Arquitetura.
Nouvel também atua como designer de mobiliários, já tendo concebido diversas séries de móveis, como a Coleção Vienna e a Coleção MIA. O arquiteto coloca em belas palavras o que significa para ele arquitetura: "É o exercício sobre a consciência de existir em um momento determinado."
Referências: lavanguardia.com