O Departamento de Transporte (DOT) de Nova Iorque conta com o DOT ART, um programa de arte através do qual o departamento se associa com artistas e organizações dedicadas à arte urbana, oferecendo-lhes oportunidade de transformar as ruas, praças, pontes e calçadas da cidade por meio de instalações esculturas, pinturas de muros e estêncis.
Assim, a cidade confere cada vez mais valor às mostras de arte e oferece mais espaços para que os próprios cidadãos intervenham nos lugares, tornando-se muito mais atraentes e representativos.
A seguir, mostramos 7 projetos realizados através desse programa que vão desde muros e viadutos pintados até esculturas feitas a partir de bicicletas, que promovem a conscientização da necessidade de um transporte limpo.
1. “DUMBO Walls”
Oito muros pintados ao longo de quatro quadradas foi o que o DALeast, Eltono, Faith47 e MOMO, entre outros artistas nacionais e internacionais, fizeram para a série DUMBO Walls. Os muros que receberam as intervenções estão na rodovia que conecta o Brooklyn ao Queens e apresentam ilustrações inéditas dos artistas.
2. “Unparallel Way”
Pensar como seriam os sistemas de transporte ideais através do desenho e arte foi o que Emily Weiskopf procurou transmitir com sua escultura exposta no Brooklyn. A escultura de alumínio de 36 metros de comprimento gera um efeito de tridimensional sobre as faixas de trânsito pintadas no asfalto. Contudo, para não distrair os motoristas, a escultura foi feita continuamente às linhas originais das ruas, mas foi instalada na faixa central da 4° Avenida.
3. “Spring Wind”
A celebração da chegada da primavera é o tema da ilustração do artista Mayuko Fujino para 280 metros de duas barreiras de concreto próximas ao River Park, no Bronx. Seu trabalho demonstra que esses lugares também podem receber intervenções artísticas e o uso das cores os torna mais visíveis, evitando acidentes à noite. A realização do mural contou com a participação de voluntários de diversas partes da cidade.
4.”New York (Outer Borough) Stories”
Com o objetivo de reativar a Water Street depois dos danos causados pelo furacão Sandy, o Departamento de Transportes convidou a United Photo Industries para que fizesse uma exposição nesse lugar que demostrasse o apego que sentem os habitantes de quatro condados de Nova Iorque.
Sendo assim, participaram quatro fotógrafos do Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island, que se uniram a um artista local e decidiram retratar seus habitantes para contar suas histórias – e em parte a do próprio condado – e demostrar a diversidade cultural da cidade.
5. “Las Bicicletas”
O artista que está por trás das 122 esculturas de bicicletas espalhadas pela cidade é o mexicano Gilberto Aceves Navarro, que procura transmitir a mensagem de que as bicicletas são “veículos de felicidade e saúde” e que são “um símbolo universal que transcende as diferenças culturais e pode amenizar muitos problemas contemporâneos que nos afetam.”
Em conjunto, as 122 bicicletas criam um novo circuito que combina a arte urbana com uma inspiração para o desenvolvimento sustentável, já que as esculturas também pretendem influenciar as pessoas para que optem pelo ciclismo urbanos como meio de transporte diário.
6. “Ruby Walks”
A primeira estudante afro americana que fez parte de um colégio onde todos os demais eram brancos foi Ruby Bridges. Esse fato, que marcou uma mudança na sociedade, foi o que a artista Sharon de la Cruz quis representar pintado uma série de painéis metálicos de uma ponte da Avenida Hunts Point, entre o Boulevard Bruckner e a Avenida.
A ideia surgiu logo depois que o Departamento de Transporte se associou com o THE POINT, uma organização comunitária, para que cada artista elegesse um personagem icônico de seu bairro e desenvolvesse ideias sobre sua história.
7. “Lovely to see you”
Uma das linhas de execução do programa de arte é a Asphalt Art Activation, que consiste em intervir no asfalto. Nesse contexto, a primeira dessas intervenções foi “Lovely to See You”, de Emily Caisip, que se deu a partir da coordenação entre DOT, DOT Bikes e NY Cares, todos departamentos públicos de Nova Iorque.
O lugar escolhido foi a estação Citi Bike na Franklin Street. Durante dois dias os voluntários e a artista pintaram o chão com uma cor azul, semelhante à das bicicletas públicas da cidade e sobre essa nova tela azulada fizeram estêncis das folhas mais comuns do outono que se espalham pelas ruas da cidade.
Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.