O aumento recente do número de ciclistas nas cidades brasileiras coloca em pauta a necessidade de uma infraestrutura cicloviária que proporcione mais segurança aos trajetos em duas rodas e que conviva pacificamente com quem se desloca a pé, em transporte público ou de carro.
Para conhecer soluções para esta necessidade, é útil ver o que têm feito outras cidades em relação a esse assunto.
Assim, mostramos a seguir um estudo que revela algumas cifras dos efeitos positivos gerados pela implementação de ciclovias segregadas das pistas dos veículos automotores em cinco cidades estadounidenses, onde não apenas os trajetos se tornaram mais seguros, como também o número de ciclistas aumentou.
Uma ciclovia garante mais segurança às pessoas que se transportam pela cidade de bicicleta?
Esta foi a principal questão da enquete realizada pelo acadêmico Christopher Monsere, da Portland State University, como parte de uma pesquisa que buscava conhecer as consequências da implementação de ciclofaixas em Austin, Chigaco, Portland, São Francisco e Washington. Cabe mencionar que algumas destas cidades não apenas não contavam com ciclovias segregadas, como em certos lugares não havia ciclovia alguma.
A segurança efetivamente se tornou uma realidade e, se analisarmos os números, os resultados são muito encorajadores para se considerar as ciclovias uma opção para as cidades brasileiras.
De acordo com os resultados, nas novas ciclovias segregadas o número de ciclistas passou de 21% para 171% nos casos mais extremos. Além disso, através de enquetes pôde-se determinar que os cidadãos que optaram pela bicicleta como meio de transporte – e que utilizavam outro meio de transporte motorizado – representam 10%.
Assim, o estudo permite concluir que as ciclovias segregadas não apenas fazem com que os ciclistas se sintam mais seguros, como também incentivam o uso da bicicleta como meio de transporte público.
Via Plataforma Urbana. Tradução Arthur Stofella, ArchDaily Brasil.