Londres é uma das cidades com mais áreas verdes do mundo. Prova disso são os 3.000 parques e 13 mil espécies de vida silvestre que existem em meio à cidade. Suas 142 reservas naturais locais, 36 sítios de interesse científico, 4 sítios declarados patrimônio mundial pela UNESCO, duas reservas naturais nacionais e 3,8 milhões de jardins privados também contribuem para esse título.
Tomando esses dados, o pesquisador e professor de geografia Daniel Raven-Ellison iniciou a campanha Greater London National Park, que visa o reconhecimento da cidade como um grande Parque Nacional.
A campanha foi lançada há 4 meses e até o momento mais de 60 organizações se juntaram à iniciativa.
Ainda que a proposta tenha sido considerada por muitos extravagante, os argumentos que Raven-Ellison usa para sustentá-la são interessantes.
Natural Parks é a organização que maneja os parques naturais ingleses e é esta mesma organização que deve ser convencida para que Londres se converta na primeira cidade declarada Parque Nacional.
A organização define os parques nacionais como “áreas protegidas por seu belo campo, sua vida selvagem e seu legado cultural”, aspectos cumpridos por Londres, segundo aqueles que apoiam a campanha.
A ideia de Raven-Ellison é que ao ser convertida em parque nacional, os habitantes de Londres mudariam seu modo de viver e ver a cidade, incorporando em seu cotidiano a experiência que se tem ao estar num parque.
Seu objetivo é que os habitantes mudem sua percepção da cidade: “Londres não é apenas um lugar para trabalhar e morar, mas um lugar para ser desfrutado.”
Outro de seus objetivos é que nos próximos 25 anos o desenvolvimento e crescimento da cidade tenha uma relação estreita com a natureza.
“Quero que professores, políticos, projetistas, construtores, comecem a pensar de modo diferente em como planejam, desenham, criam, sentem e experienciam a cidade”, disse Raven-Ellison, que continua coletando assinaturas para que Londres se converta na primeira cidade Parque Nacional.
Via Plataforma Urbana. Tradução Romullo Baratto, ArchDaily Brasil.