O crescimento demográfico de Nova Iorque, a especulação imobiliária num dos mercados mais atrativos do mundo e a enorme concentração milionários estão complicando as coisas para quem efetivamente vive na Big Apple e procura um lugar para morar. "Temos uma crise de acessibilidade habitacional em nossas mãos. Afeta todos: desde a base da pirâmide econômica [...] até a classe média", reconheceu Bill de Blasio, prefeito de Nova Iorque.
Posto isso, já estão sendo divulgados detalhes do mais ambicioso plano de habitação na história dos Estados Unidos: Housing New York, que pretende construir e preservar 200 mil unidades de habitação a preços acessíveis para famílias de baixa e média renda em cinco bairros da cidade nos próximos dez anos.
"Quando fizemos o anúncio as pessoas pensaram que havíamos enlouquecido", comenta Gary Rodney da Corporação de Desenvolvimento Habitacional de Nova Iorque (HDC).
Saiba mais sobre os detalhes desse plano, a seguir.
Desde o estopim da crise dos sub-primes em 2008 nos EUA, mais da metade dos locatários de Nova Iorque passaram a destinar um valor superior a 30% de sua renda para pagar seus alugueis, segundo aponta um estudo do Furman Center da Universidade de Nova Iorque. Ainda mais drástico: nos últimos vinte anos o preço médio mensal de um apartamento em Nova Iorque aumentou cerca de 40%, ao passo que os salários dos locatários teve um aumento na ordem de 15%.
A crise habitacional - e de desigualdade - que assola Nova Iorque foi uma das bandeiras da campanha de Bill de Blasio que, após sua promessa, anunciou em maio a criação do "Housing New York: A Five-Borough, Ten-Year Plan", um acordo que permitirá a construção de 80 mil novas unidades e a preservação de outras 120 mil já existentes.
Este plano - sucessor da estratégia impulsionada há uma década pelo então prefeito Michael Bloomberg - pretende alcançar seu objetivo através de mudanças legislativas significativas em cinco bairros da cidade, além de oferecer crédito federal para pessoas de baixa renda, bônus para a participação privada e contar com fundos locais e estatais.
Além disso, Urban Land garante que Bill de Blasio chegou a um acordo com Jed Walentas - empreendedor imobiliário do projeto Domino Sugar plant - para incorporar 4.600m² de habitação a preços acessíveis - apartamentos de dois e três dormitórios - ao complexo multiprogramático US$ 1,5 bilhões, totalizando 2.300 unidades habitacionais.
Via Urban Land.
"Nadie me convertirá en ciudadano de segunda clase en mi propio hogar"
Si bien diez de los veinte países más desiguales del mundo son latinoamericanos, la disparidad económica no es patrimonio exclusivo de los países subdesarrollados: Estados Unidos presenta una desigualdad mayor a una quincena de países africanos y esto se está viviendo incluso en Nueva York, la mismísima Gran Manzana, centro internacional del sector financiero, tecnológico, diplomático, económico y cultural.