O escritório Cruz y Ortis, conhecido por ter passado dez anos redesenhando e renovando o Rijksmuseum em Amsterdã, concluiu recentemente o restauro da Ala Philips adjacente. Como uma adição aos grandes espaços de exibição do museu nacional holandês, concluída em 2013, a Ala Philips receberá exposições de alto nível montadas a partir das obras do acervo do museu e também de coleções internacionais. O trabalho de Cruz y Ortiz consistiu em reorientar a entrada, acomodando diversas novas funções, e preparar as salas de exposição para as exibições temporárias que se iniciam no próximo mês. Várias intervenções do século XX foram desfeitas e corrigidas, ao passo que outras áreas foram apropriadas para novos usos.
Veja, a seguir, desenhos e fotografias da nova ala e a descrição dos arquitetos.
A atual Ala Philips é o nome de uma série de expansões do edifício principal (concluído originalmente em 1885), construídas no final do século XIX e início do século XX (1909-1916) por Pierre Cuyoers e seu filho Jos, que também era arquiteto. A parte conhecida como Fragment Building é "a mais especial." No final do século XIX muitos edifícios históricos estavam sendo renovados ou demolidos na Holanda. O Rijksmuseum queria preservar alguns fragmentos da construção para a história da arquitetura holandesa, assim, estes fragmentos foram trazidos de diversas partes do país para Amsterdã . Este é um fenômeno único: um museu onde as peças da coleção são formadas pelo próprio museu. A torre de escadas Ochkingastins em Franeker, os arcos da escadaria da residência Constantijn Huygens em Haia e a parede dos estábulos do Castelo de Breda. A parede (segundo quarto do século XVI) era parte do complexo de estábulos do castelo, uma das primeiras construções em estilo renascentista italiano na Holanda.
Dos arquitetos. A lógica do edifício principal consiste nos dois pátios em torno dos quais as galerias são posicionadas. Revelar todos esses elementos e complementá-los com a praça pública contemporânea foi um dos fatores de sucesso na renovação, a fim de garantir uma entrada cerimonial, amplitude e ambiente seguro com um espaço público.
No projeto da Ala Philips, Cruz y Ortiz foram dotados de uma preciosidade similar. Embora o pátio na Ala Philips era presente apenas de forma latente e privado de qualquer luz do dia desde o final da década de 1940, um potencial similar e uma óbvia conexão com o edifício principal estava presente. Após deixar o pátio oeste do edifício principal, através seu portão sudoeste, os visitantes entram em uma passagem iluminada de forma agradável, permitindo um passeio ao longo do pavilhão asiático. A reviravolta no final deste corredor, acompanhado por um teto rebaixado, é seguida pelo átrio semi-isolado da Ala Philips.
Como o edifício principal, a coerência está na sinergia entre o antigo e o novo. Por um lado, os visitantes encontrarão a tectônica da intervenção contemporânea, o calcário português Cascogne Azul e o teto defletor acústico - também conhecido como candelabro - as paredes brancas brilhantes, as robustas, porém elegantes balaustradas, varandas e portas. Por outro lado, o pátio recebe seu charme da fachada do Castelo de Breda, que está inserido dentro de um novo contexto do átrio contemporâneo.
Rijksmuseum / Cruz y Ortiz Arquitectos
Rijksmuseum Revisited: The Dutch National Museum One Year On
A nova ala de exibição do Rijksmuseum no Museumplein foi inaugurada no dia 01 de novembro. A primeira exibição se chama Modern Times. Photography in the 20th Century e, a partir de fevereiro, Late Rembrandt. A primeira exibição na galeria da ala dedicada a fotografia será Document Nederland: The Netherlands – Belgium. Mais informações aqui.