Parte 1: Iluminação monumental e artística de templos e tumbas do Egito faraônico por ACXT/ IDOM

A iluminação monumental e artística nos sítios arqueológicos do Egito Faraônico, especificamente o Templo de Luxor e a Tumba de Ramsés V e VI, são somente uma pequena parte de um Plano Diretor de Iluminação, no qual Noemi Barbero - Lighting Designer do ACXT/ IDOM, se encontra atualmente imersa, e cujo andamento foi iniciado há tempos...

Entendendo a iluminação monumental como uma arte, capaz de modificar a percepção visual e espacial, gerando e evocando emoções, este Plano Diretor assume o privilégio de iluminar monumentos faraônicos pela primeira vez na história da humanidade, alcançando o Templo de Luxor, Avenida das esfinges, Templo Ramesseum, Templo Medinet Habou, Templo de Hatshepsut, o Vale dos Reis e as Tumas dos Faraós do Império Novo (localizadas no Luxor) e o interior das Pirâmides de Gizé e seus caminhos para pedestres em seu entono (localizados em Gizé).

Na continuação são apresentadas as Tumbas Faraônicas, parte 1 do desenvolvimento completo do projeto.

Parte 1: Iluminação monumental e artística de templos e tumbas do Egito faraônico por ACXT/ IDOM - Mais Imagens+ 3

ÍNDICE
Parte 1: Iluminação das tumbas faraônicas do Vale dos Reis

  • Visão geral
  • Desenho técnico

Parte 2: Iluminação monumental de Templos faraônicos de culto e mortuários.

  • Visão geral
  • Conceitos de iluminação
  • Desenho técnico
  • Simulações em 3D

Cortesia de acxt

Iluminação das tumbas faraônicas do Vale dos Reis.
Visão geral.
As tumbas faraônicas do Novo Império egípcio foram escavadas no interior das montanhas do Vale dos Reis. Seu interior é decorado com belos hieroglifos pintados com cores vivas, esculpidos em pedra, dando-lhes um relevo, e formavam parte da passagem dos faraós para a vida após a morte.

A iluminação desta obra de arte sem igual, de grandes dimensões, tanto em comprimento quanto em algura (cerca de 160 metros de compromento e 3,5 m de altura, neste caso a tumba de Rambsés IV), requer um cuidadoso projeto de iluminação seguindo no mínimo dois objetivos:

  • A conservação
  • A exposição
  • A conservação é assegurada com a utilização da tecnologia LED:
  • Emissão de raios UVA nula
  • Emissão de raios infravermelhos nula.

Cortesia de acxt

E a exposião deve garantir o conforto visual:

  • Uniformidade na iluminação de toda a superfície artística
  • Nível confortável de iluminação
  • Reprodução das cores reais
  • Sem brilhos
  • Ausência de reflexos 

Planta-Baixa / Elevação / Corte

Iluminação das tumbas faraônicas no Vale dos Reis.
Desenho técnico.

A realização dos objetivos principais descritos anteriormente exige a utilização de equipes com sistemas eletrônicos e óticos de alto rendimento, de dimensões reduzidas para sua integração, e controlados por um sistema que permite a programação de diferentes cenários. 

A disposição das luminárias, de geometria linear e tecnologia LED, foi realizada de forma contínua e próxima à parede (22 cm), iluminando desta forma as pinturas artísticas com um banho homogêneo de luz, e evitando a projeção de sombras sobre as paredes por parte do espectador. As vistas elípticas, intensas no plano perdpendicular às paredes e medianas no plano paralelo minimizam o brilho direto, já que se busca uma iluminação bastante uniforme em toda a superfície da parede, a partir do solo até o teto, tornando as pinturas visíveis em sua totalidade. Igualmente, esta iluminação evita reflexos sobre a parede e acentua o relevo dos hieróglifos esculpidos na pedra, permitindo uma melhor leitura dos mesmos.

Cortesia de acxt

Para ocultar as fontes de luz, foi projetado uma faixa de madeira à medida que se prolonga a passarela que percorre a tumba, em ambas as laterais, de maneira que, uma vez finalizado o projeto, o espectador não poderia ver as fontes de luz, evitando assim qualquer brilho irritante. Além disso, dispõe de umas coberturas que imitam a pedra da tumba em cor e textura, para sua total integração.

O sistema de controle envia um sinal digital a cada uma das faixas de LED, permitindo o controle de sua intensidade. Isto permite a programação de distintas cenas de luz com diferentes níveis de iluminação. Durante o dia, é necessário uma intensidade maior de iluminação devido à entrada de luz solar no interior da tumba, de modo a se evitar um contraste excessivo entre o alto nível de iluminação solar no exterior e no interior da tumba. Durante a noite, devido à escuridão exterior, resulta em um nível de intensidade menor, mais adequado e confortável, que, por sua vez, cria um ambiente mais apropriado para a atmosfera noturna mortuária. Desta forma, são dispostos dois cenários básicos: Dia e Noite.

Cortesia de acxt

FICHA TÉCNICA

Projeto de Iluminação: ACXT/ IDOM
Responsável pelo projeto: Ing. Noemi Barbero Zumalacárregui (Lighting Designer)
Equipe de direção de obra: Noemi Barbero, Sergio Llamosas, Carlos Cuevas.
Localização:
Início do projeto: 2010
Início das obras: junho 2013
Fim das obras: 2015 (em concurso)
Funções: Projeto de iluminação, engenharia, e direção de obra.
Cliente: DEFEX (Espanha) e GOVERNO DO EGITO - Ministério de Antiguidades, Supreme Council of Antiquities (Egito)
Contratante: ESCO y QUTUB TECHNOLOGY (Egipto)
Fabricantes: VARONA LEDS, LAMP, INDAL
Fotografias: Sergio Llamosas, Noemi Barbero, Carlos Cuevas.

Leia o artigo completo no blog noemibarbero.wordpress.com

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Sobre este autor
Cita: Yávar, Javiera. "Parte 1: Iluminação monumental e artística de templos e tumbas do Egito faraônico por ACXT/ IDOM" [Parte 1: Iluminación Monumental y Artística de Templos y Tumbas del Egipto Faraónico por ACXT/ IDOM] 18 Dez 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Stofella, Arthur) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/759051/parte-1-iluminacao-monumental-e-artistica-de-templos-e-tumbas-do-egito-faraonico-por-acxt-idom> ISSN 0719-8906

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