Este ano o nível de dióxido de carbono (CO2) em grande parte da atmosfera do hemisfério norte superou as 400 partes por milhão. Segundo a NASA, esse é um nível inédito mesmo durante a Revolução Industrial, momento em que as taxas alcançaram 270 partes por milhão.
Baseando-se nisso e com o objetivo e monitorar as emissões e fluxos de CO2, a NASA criou o Nature Run, o primeiro visualizador que mostra como se espalha a poluição pela atmosfera.
Diferente dos sistemas usados pela meteorologia, este conta com uma resolução 64 vezes maior, o que permite simular o movimento das emissões das indústrias e dos vulcões, além do pó, vapor de água, sal marinho em suspensão e outros tipos de partículas.
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Os dados que podem ser visualizados correspondem às emissões (partículas naturais e artificiais) ocorridas entre maio de 2005 e junho de 2007, e inclui as condições atmosféricas.
A partir do visualizador, os pesquisadores da NASA concluíram que as emissões de CO2 provêm, sobretudo, do hemisfério norte e que as florestas e outros tipos de vegetação absorvem, sazonalmente, grandes quantidades de dióxido de carbono.
Todavia, os pesquisadores da NASA manifestaram sua preocupação já que as florestas e oceanos podem estar atingindo sua capacidade máxima de absorção de CO2, situação ainda mais crítica quando a vegetação morre e libera novamente o dióxido de carbono para a atmosfera.
Apesar de serem várias as causas do aumento de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, a NASA considera que o principal fator é a queima de combustíveis fósseis – que emite 36 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera todos os anos.
No início de 2015 o visualizador será atualizado com os dados do satélite Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) que a NASA lançou na atmosfera em junho passado. Com a atualização, dados mais precisos estarão ao alcance para que sejam desenvolvidos modelos que ajudem a prever o clima.
Via Plataforma Urbana. Tradução Romullo Baratto, ArchDaily Brasil.