Qual é a palavra mais mal usada no mundo da escrita arquitetônica? Seria "icônico"? Ou talvez "inovador"? A equipe do Curbed tem uma opinião: referir-se aos espaços como "masculino" ou "feminino". Em um artigo publicado mês passado, eles dizem que "as pessoas que escrevem sobre decoração deveriam parar de descrever espaços com terminologias de gênero", argumentando o seguinte: "Digamos que dois espaços foram descritos em um blog de decoração, e um foi descrito como masculino e o outro como feminino. Qual deles tem paredes brancas? Qual tem piso de concreto aparente? ... Se essas questões forem fáceis de responder, estamos na esfera dos estereótipos."
Aprofundando seu argumento, eles continuam: "Se simplicidade e arquitetura bruta são sinônimos de 'masculino', então estamos essencialmente dizendo que a decoração 'feminina' é tradicionalmente frívola. De repente, aquilo associado à feminilidade se torna menos profundo e relevante."
A discussão se expandiu muito. Por exemplo, o que significa quando escritórios, onde há pouco espaço para frivolidade, são mais frequentemente descritos como espaços "masculinos"? E estamos confortáveis com a ideia de que a palavra "feminino" seja amplamente usada para descrever casas, lojas e salões de beleza? "A escrita de projeto baseada em gênero é indolentemente ofensiva", conclui o Curbed. "E mais precisamente, é ofensivamente indolente. Nós podemos fazer melhor." Leia o artigo completo aqui.
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