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Em um ensaio acompanhado de um mini-documentário de Ellis Woodman para oThe Architectural Review, o icônico projeto habitacional Quinta da Malagueira (1973-1977), de Álvaro Siza, em Évora, Portugal, é compreensivamente explorado e examinado com um olhar crítico. Em vez de criar um projeto habitacional em altura na sensível paisagem em torno da cidade, Siza propôs "um plano que distribui o programa entre dois campos compostos por casas geminadas de baixo gabarito."
Como fica claro no vídeo acima, um dos aspectos mais marcantes da Quinta da Malagueira é que ela é "regida por uma terceira camada de infraestrutura" que assume a forma de "uma rede elevada de encanamentos que distribui água e eletricidade [...] muito semelhante a um aqueduto em miniatura." Para Siza, essa foi uma solução lógica, pois oferece o meio mais barato de distribuir os serviços em torno do complexo. Woodman conclui dizendo que "o trabalho de Siza em Malagueira convida a uma leitura menos como um artefato rígido e mais como um episódio nas transformações correntes do lugar."
Leia trechos dos comentário feitos por Pier Vittorio Aureli, Tony Fretton, eJohn Tuomey (entre outros) sobre a obra de Siza, a seguir.
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Para Tony Fretton, (Tony Fretton Architects) "Os edifícios de Siza são cheios de lições generosas e não retóricas para a prática arquitetônica." Ele acredita que em Quinta da Malagueira uma nova peça da cidade foi criada, "com excepcional habilidade e convicção."
Pier Vittorio Aureli (DOGMA) descreve a Quinta da Malagueira como "talvez o último grande 'projeto de habitação social'. Isto é, a última grande contribuição arquitetônica à cidade na qual a arquitetura desempenha um papel fundamental." A singularidade desse projeto, para Aureli, vem do casamento de "princípios formais e intenções políticas" em um único edifício.
Peter St John (Caruso St. John) argumenta que "é difícil descrever a importância da arquitetura de Álvaro Siza em poucas palavras, pois sua obra é tão sutil e espirituosa e suas interpretações têm muitas camadas de significados." Apesar da habilidade de seus projetos de "se comunicarem com o contexto", eles alcançam "algo a mais" através de sua abordagem dominante que, em última instância, atinge um nível "abstrato e profundamente emocionante."
Jonathan Woolf (Jonathan Woolf Architects) argumenta que "a capacidade de Siza de trabalhar de forma significativa dentro de uma gama de restrições e tipologias não é nem imatura tampouco previsível."
Para John Tuomey (O'Donnell + Tuomey) A "geomância do lugar" tem um papel importante nas obras de Siza: "sua compreensão poética das condições do lugar apenas se revelam através de nossa experiência espacial de construir a realidade."
Para William Mann (Witherford Watson Mann), "Os edifícios de Siza apresentam uma economia de meios, um ágil oportunismo e uma silenciosa generosidade." O que é impressionante é que ele "sustenta uma qualidade de reflexão e pesquisa há mais de seis décadas."
Leia os comentários na íntegra, além do ensaio de Ellis Woodman, na página do The Architectural Review.
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