De alguns anos para cá, a maior cidade brasileira tem chamado a atenção da mídia pelas iniciativas públicas que visam melhorar as condições de mobilidade urbana. São Paulo ganhou recentemente 200 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus, com ainda outros 150 a serem implementados, e até o final de 2016 a cidade terá criado 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. As cifras parecem altas, mas não chegam nem perto da quantidade de rios cobertos que há na cidade: cerca de 3,5 mil quilômetros de cursos d’água sob o concreto e asfalto da metrópole.
Diante desse fato o Coletivo Escafandro, composto pelas jornalistas Stephanie Kim e Iana Chan, e a designer Pamela Bassi, participou do Ecohack World, que aconteceu nos dias 9 e 10 de maio de 2014, visando buscar soluções inovadoras para as cidades. Utilizando os dados do Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do Município de São Paulo (PMAPSP), em associação com a plataforma Mapas Coletivo, elas criaram o projeto Rios (In)visíveis de São Paulo.
O projeto surgiu inicialmente como um trabalho de mapeamento, porém, devido a boa aceitação e divulgação nas redes sociais, tornou-se um mapa colaborativo aberto para que as pessoas possam contar suas histórias, mostrando uma outra perspectiva do espaço urbano e das margens ocultas da cidade, que passa pela maior crise hídrica de sua história.
Na página do projeto os visitantes podem fazer upload de fotografias antigas de rios e córregos e deixar seu relato sobre o tema a partir de uma perspectiva pessoal. O resultado é um mapa geográfico-afetivo que mostra um olhar outro sobre a cidade que afogou alguns de seus rios para construir suas maiores avenidas.
Explore o mapa e deixe suas contribuições pessoais na página do projeto Rios (In)visíveis de São Paulo.
Referências: Portal Aprendiz e Rios de São Paulo