"Que tipo de lugares queremos criar?" "Em que tipo de comunidade queremos viver?" "Que mundo esperamos para o futuro?"
Essas perguntas são colocadas peço sociólogo Ethan Kent, vice-presidente da organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), como maneira de retomar as propostas do ecologismo e aproveitá-las para abordar os desafios da relação entre os seres humanos e o meio ambiente.
De acordo com Kent, esse enfoque pode ser incorporado ao placemaking e, assim, abrir debates sobre como queremos que sejam nossas cidades e como as comunidades podem participar desse processo.
Mais detalhes a seguir.
Capacitar e fomentar as comunidades para que participem do desenvolvimento de sua região é uma das principais características do placemaking. Agora, a inclusão do placemaking na ecologia faz com que a cidadania se reinvente ao contar com novas e melhores ferramentas e estratégias para influenciar seu entorno.
Para que isso seja possível, Kent propõe que a ecologia não seja vista apenas como um movimento que aborde os temas de poluição ambiental e consumo.
Nesse sentido, ele considera que a ecologia deve ser abordada como uma oportunidade de criar soluções de grande alcance que atendam a demandas públicas, criando espaços para que a comunidade possa imaginar como será seu futuro. Desse modo, busca-se melhorar a relação entre as pessoas e o meio ambiente.
Como avaliar se um processo relaciona o placemaking e a ecologia?
Antes de iniciar algum projeto que incorpore a ideia do placemaking, Kent propõe que sejam feitas as seguintes perguntas: "é sustentável?", "vai minimizar os impactos nocivos sobre os ecossistemas?", "utiliza as melhores práticas ecológicas?", "respeita a natureza?" e "é a melhor tecnologia que podemos criar?"
Embora essas questões tenham como foco o placemaking, o sociólogo defende que podem ser incluídas novas perguntas e, assim, envolver o movimento ecológico.
Tais perguntas são, por exemplo: "está melhorando a vida, tanto de animais como de humanos?", "vai maximizar o potencial de criatividade e mudanças sociais?", "reflete o amor e o cuidado com nosso entorno (meio ambiente, comunidade, social, cultural, histórico e econômico)?", "é compatível com os sistemas ecológicos e sociais mais amplos dos quais fazemos parte?", "é o melhor exemplo do que podemos fazer para cuidar da natureza, das comunidades e das pessoas?".
Via Plataforma Urbana.