Após boicotar a prematura inauguração da comentada Filarmônica de Paris, Jean Nouvel levou suas frustrações à Justiça, exigindo que seu nome e imagem sejam afastados de qualquer referência à sala de concertos, construída com investimentos públicos que somaram 390 milhões de euros. O arquiteto francês, que alega ter sido difamado como um "artista mimado" e injustamente culpado pelos custos astronômicos da obra, não quer mais dar declarações sobre o projeto.
Ele pediu ao tribunal uma "ordem de alteração de serviço" devido a 26 aspectos que não estão de acordo com seu projeto original. Entre estes estão os parapeitos, as fachadas, o percurso e a própria sala de concertos para 2.400 espectadores.
O equipamento, localizado no Parc de la Villette, na região noroeste da capital, foi inaugurado no início deste ano, após sete anos de controvérsias devido aos custos cada vez mais elevados da construção.
Um parecer judicial será divulgado em meados de abril. Até lá, Nouvel pediu para não ser associado ao equipamento cultural.