Recentemente a agência de comunicação da Ordem dos Arquitectos de Portugal revelou que o Reino Unido é o país cuja procura por arquitetos portugueses tem se mantido "em contínuo crescimento", seguido do Brasil e Angola.
Os dados da OA - entidade que passa os certificados aos profissionais que querem sair do país para se inscreverem em ordens estrangeiras - indicam que os pedidos de certificados aumentaram 0,75 por cento de 2013 para 2014 (531 certificados em 2013 para 535 em 2014).
No entanto, nos três anos anteriores, o aumento de pedidos foi de 71,65 por cento em 2011, 54,88 por cento em 2012, e 15,43 por cento em 2013, período em que o setor da construção sofreu um forte impacto da crise econômica em Portugal.
Estes certificados, segundo a entidade, são documentos essenciais para que os arquitetos portugueses possam assinar projetos em outros países, mas destaca que "não correspondem aos arquitetos que trabalham no estrangeiro, cujo número global a Ordem não como contabilizar.”
Ao todo, nos últimos 11 anos, 2.756 arquitetos pediram estes certificados à Ordem para trabalhar no estrangeiro. De acordo com os dados da OA, em 2003, foram passados 65 certificados a arquitetos que pretendiam trabalhar fora de Portugal, número que passou para 531 em 2013, um aumento de 817% em dez anos.
Entre 2006 e 2008, verificou-se um grande aumento de pedidos de certificados, número que baixou em 2009 e 2010, mas viria novamente a subir em 2011 e 2012.
Quanto aos países de destino preferidos, entre 2003 e 2006, a Espanha aparecia em primeiro lugar, seguida pelo Reino Unido, Angola e Cabo Verde; em 2007 e 2008, foi o Reino Unido que liderou a lista, posição ocupada pela Angola no ano seguinte.
Em 2010, o Reino Unido voltou ao primeiro lugar, foi ultrapassado em 2011 pelo Brasil, mas voltou a dominar em 2012 e em 2013, seguido pelo Brasil, Espanha e Angola, que, nestes dois anos, alternaram posições entre si.
Em julho de 2013, no seu 13° congresso, a OA debateu os problemas que os profissionais do setor têm enfrentado no país, onde o mercado de trabalho vem sofrendo uma queda contínua. No entanto, este ano, o presidente da Ordem dos Arquitectos, João Santa-Rita, em declarações ao fim de um ano na direção, indicou que “o investimento de algumas câmaras municipais do país em projetos de reabilitação de edifícios deu novo ânimo aos arquitetos em 2014”.
Via ionline