A Escola da Cidade divulgou mais um vídeo da série Baú da Escola. Desta vez quem fala é Antonio Risério, convidado pelo curso de pós-graduação Arquitetura, Educação e Sociedade para discutir a cidade como artifício humano, por meio de argumentos e definições, analogias e citações.
Segundo Risério, baseando-se em Pero Lopes, a cidade é tratada como aglomerado de pessoas, onde estas, fascinadas pela metrópole e pelo poder humano e grandeza artificial produzida pelas mãos humanas, se orgulham de viver na grande e populosa cidade. A sedução do urbano está associada aos grandes números, ao fascínio por estar e se mover em meio a multidão.
Citando a frase “a humanidade não estará para sempre presa à Terra”, Risério afirma que a ruína das cidade será uma certeza no caso de abandono gradual por parte da humanidade, mas os processos citadinos estão longe de se mostrarem esgotados na superfície terrestre.
Antonio Risério nasceu na Bahia, em 21 de novembro de 1953. É poeta, escritor e antropólogo. Fez política estudantil em 1968, editou revistas de poesia experimental na década de 70 e escreveu para a imprensa brasileira. Teve suas parcerias poético-musicais gravadas por diversas estrelas da música popular brasileira, como Caetano Veloso. Trabalhou com Lelé na equipe da rede Sarah Kubitschek, na Bahia. Elaborou a concepção que originou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Tem feito roteiros de cinema e televisão. Escreveu, entre outros, os livros Carnaval Ijexá (Corrupio, 1981), Caymmi: Uma Utopia de Lugar (Perspectiva, 1993), Textos e Tribos (Imago, 1993), Avant-Garde na Bahia (Instituto Pietro Bardi e Lina Bo, 1995), Oriki Orixá (Perspectiva, 1996), Ensaio sobre o Texto Poético em Contexto Digital (Fundação Casa de Jorge Amado, 1998) e Uma História da Cidade da Bahia (Versal, 2004)
Via Escola da Cidade