O Parlamento Francês aprovou recentemente uma lei que obriga a implementação de coberturas verdes nas novas construções em áreas comerciais de todo o território nacional. A medida tem como objetivo beneficiar os centros urbanos com as qualidades intrínsecas à presença dessas superfícies verdes.
A lei previa inicialmente que toda a área de cobertura das novas edificações fosse ocupada com jardins, porém, para ser aprovada a medida teve que recuar, estabelecendo que os proprietários possam optar entre a ocupação total ou parcial com áreas verdes e, além disso, a possibilidade de instalar painéis solares em vez de vegetação.
Coberturas verdes oferecem enormes benefícios ao ambiente urbano; além de atuarem na redução significativa do efeito de “ilha de calor”, elas retém boa parte da água das chuvas, reduzindo o fluxo do escoamento e evitando, assim, problemas de drenagem urbana. Além disso, elas oferecem mais espaços verdes disponíveis aos habitantes da cidade e, inclusive, podem reunir algumas espécies de pássaros.
Em relação a fontes renováveis de energia e comparativamente a outros países da União Europeia – como a Alemanha, Espanha e Itália – a França tem ficado para trás, com boa parte de sua energia ainda dependendo de fontes nucleares e apenas 4 gigawatts provenientes de energia solar – ao passo que a Alemanha, por exemplo, já produz quase 40 gigawatts a partir de painéis fotovoltaicos.
Todavia, iniciativas como esta, e a medida para diminuir pela metade o número de carros em circulação em Paris, expõem uma preocupação com a agenda ambiental e mostram que a França está disposta a se tornar um exemplo em estratégias urbanas sustentáveis.
Referência: Climate Progress