A Prefeitura de São Paulo divulgou no início deste mês o Plano de Mobilidade de São Paulo – Modo Bicicleta (PlanMob), com diretrizes para a implementação da infraestrutura cicloviária da cidade até 2030. O PlanMob prevê a expansão da rede de ciclovias, o aumento do número de bicicletas compartilhadas, a criação de bicicletários e paraciclos e a implementação de programas educacionais que promovam o uso da bicicleta como meio de transporte urbano.
Passarelas, pontes, travessias subterrâneas e viadutos também receberão atenção da prefeitura. Se cumpridas as metas estabelecidas pelo PlanMob, até 2030 São Paulo terá 1522 km de infraestrutura cicloviária, além de 24 pontes, 32 viadutos, 50 passarelas, quatro passagens subterrâneas, três túneis sob os trilhos adaptados para travessia de bicicletas e de dez ciclopassarelas.
Três prazos foram definidos pelo PlanMob - 2016, 2014 e 2030 -, garantindo o avanço gradual das estratégias implementadas.
Até 2016 - implantação de estruturas cicloviárias em nove pontes, seis viadutos e cinco passarelas. Construção de três ciclopassarelas, de 40 km de ciclovias em corredores de transporte coletivo e de 220 km de estruturas cicloviárias na malha viária existente.
Até 2024 - o plano prevê que estejam implantadas estruturas cicloviárias em mais duas pontes, treze viadutos, cinco túneis sob trilhos e 21 passarelas. Construção de nove ciclopassarelas, quatro pontes e uma passarela compartilhada com outros modais. Serão também construídos 450 km de ciclovias em corredores de transporte coletivo e mais 400 km de estruturas cicloviárias na malha viária existente.
Até 2030 - implantar estruturas cicloviárias em quatro pontes, 11 viadutos, três túneis sob trilhos, 23 passarelas e quatro passagens subterrâneas. Construir uma ponte nova contemplando estruturas cicloviárias, 50 km de ciclovias em corredores de transporte coletivo e 100 km na malha viária existente.
Bicicletas compartilhadas
O Plano Diretor aprovado em 2014 passou a considerar o sistema de bicicletas compartilhadas como um componente do Sistema Cicloviário, incorporando-o definitivamente ao planejamento de mobilidade urbana na cidade. No PlanMob, a prefeitura eleva o sistema de bicicletas compartilhadas ao status de transporte público complementar, servindo tanto para viagens exclusivas neste modo, quanto para a integração com o transporte público coletivo.
Com apenas 10% do território urbano atendido, a prefeitura estabelece como meta um sistema que atenda a 100% da cidade até 2030 (20% em 2016 e 60% em 2024). Entre as ações, há a previsão de integrar o sistema de bicicletas compartilhadas ao transporte público coletivo de passageiros, implantando, sempre que possível, estações de bicicletas nas áreas internas dos terminais de ônibus, estações de metrô e trens.
Estacionamento de bicicletas
Estações e terminais de transporte coletivo devem contar com bicicletários seguros e localizados em áreas atraentes para os usuários. Além disso, a prefeitura pretende instalar bicicletários públicos nas centralidades de bairro em todas as 32 subprefeituras – o primeiro deles foi o bicicletário do Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da cidade. Por fim, a instalação paraciclos ao longo da Rede Cicloviária Estrutural.
Participação popular
Dia 11 de abril, às 9h, será realizada uma reunião aberta para discutir especificamente as mudanças que afetam os ciclistas paulistanos. Também é possível enviar críticas, elogios e sugestões pelo e-mail cmtt@prefeitura.sp.gov.br.
Frente de Debates Temáticos para a construção do PlanMob-SP / Ciclistas
11 de abril de 2015 – sábado – 9h
Uninove Vergueiro – R. Vergueiro, 235 – Auditório do 1º andar
Referências: vadebike.org, bikelegal.com, cetsp.com.br
Os mapas apresentados são fotografias feitas na apresentação da Prefeitura. Atualizaremos a matéria assim que os mapas originais forem disponibilizados.