Da torre mais abominada de Paris ao centro governamental mais controverso de Nova Iorque, sete renomados arquitetos se pronunciaram em defesa dos edifícios mais odiados do mundo em um artigo publicado recentemente na T Magazine. O artigo apresenta citações diretas de Zaha Hadid, Daniel Libeskind, Norman Foster e outros quatro arquitetos a respeito de obras arquitetônicas controversas cuja importância vai além do valor estético.
Saiba o que Norman Foster acredita ser uma estrutura "heroica", a seguir.
Ada Tolla sobre o projeto Vele di Scampia, de Franz di Salvo, em Nápoles, Itália: "Para mim, é importante reconhecer que o Vele não é um fracasso de projeto, mas, em vez disso, um fracasso de execução e administração. A demolição é em geral uma tentativa de varrer as coisas para debaixo do tapete, e esse não parece ser o jeito certo de aprender com o passado."
Daniel Libeskind sobre a Tour Montparnasse em Paris: "Quero defendê-la não por ser particularmente uma bela torre, mas pela ideia que ela representa... Talvez a Tour Montparnasse não seja uma obra de gênio, mas ela representa uma noção do que a cidade do futuro terá que ser."
Zaha Hadid sobre o Orange County Government Center, de Paul Rudolph, em Goshen, Nova Iorque: "Como um centro de governo cívico, ele propaga democracia através da integração espacial, e não através da separação de representações eleitas... a obra de Rudolph é pura, mas a beleza está em sua austeridade."
Norman Foster sobre o Aeroporto Tempelhof, de Ernst Sagebiel, em Berlim: "A arquitetura é heroica, não em um sentido pomposo e vazio, mas enquanto engenharia que realmente eleva o espírito. Monumentos, se você traçar sua genealogia, podem revelar coisas perturbadoras sobre o passado. Todavia, eles apresentam qualidades duradouras que, vistas por seus próprios méritos, podem ser um exemplo para nós."
Leia o comentário dos arquitetos na íntegra, além das opiniões de Amanda Levete, Vincent van Duysen e Annabelle Selldorf em defesa de outras obras, na página da T Magazine.