Os Prêmios FAD 2105, um dos reconhecimentos mais importantes de arquitetura na Península Ibérica, anunciou ontem seus projetos vencedores. Na categoria arquitetura, o grande premiado foi arquiteto português Pedro Campos Costa com o projeto de reabilitação do Hotel Ozadi em Tavira. Entre as 458 obras inscritas na edição deste ano dos Prêmios, 37 foram selecionadas como finalistas, das quais 9 de Portugal.
O júri, presidido pelo arquiteto espanhol Victor López Cotelo, destacou a “inteligência e sensibilidade” com que a renovação do hotel de Tavira foi realizada, pontuando os valores da construção original. O júri comentou ainda que a intervenção encontra o seu ponto alto na reformulação do esquema de acesso e da construção de uma nova zona de piscina com cafetaria e vestuários.
“É um prêmio importante, que reconhece o meu trabalho e naturalmente estou contente por isso”, comentou Pedro Campos Costa ao Público. “É um hotel que está a funcionar desde os anos 60 e como tal exigiu muita atenção na forma como os elementos contemporâneos foram introduzidos.”
As estratégias para a reabilitação do Hotel Ozadi “seguem duas opções: a recuperação arqueológica de mimetização do que foi no passado e a contemporânea por confronto com realidades do presente. O objetivo foi o da busca pelo equilíbrio entre o existente e o contemporâneo”, comenta Costa sobre o processo de intervenção em uma obra existente.
A proposta de Campos divide o prêmio máximo na categoria Arquitetura com a Casa Castida de Begur em Girona, Espanha, projetada pelos arquitetos Elisabet Capdeferro e Ramon Bosch. Já na categoria Design de Interiores, o primeiro lugar foi concedido ao projeto da Biblioteca de São Paulo de Apelação, em Loures, Portugal.
Reveja, a seguir, o projeto do Hotel Ozadi de Pedro Campos Costa, arquiteto e curador da participação portuguesa – Homeland: News from Portugal – na Bienal de Veneza do ano passado.