Em entrevista ao jornal Ípsilon, a arquiteta Phyllis Lambert, premiada com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza do ano passado, conta a Nuno Grande detalhes de sua recente passagem pela cidade do Porto, sua relação com a arquitetura portuguesa e o processo de projeto e construção de uma das obras modernas mais emblemáticas do século XX, o Edifício Seagram, de Mies van der Rohe e Philip Johnson.
Fundadora do Centro Canadense de Arquitetura (CCA), Lambert ajudou na escolha dos arquitetos e na construção do Edifício Seagram, sede da companhia Joseph E. Seagram’s & Sons, da qual seu pai era presidente em 1954.
Sobre sua passagem por Portugal, a arquiteta destaca seu interesse pela arquitetura de Álvaro Siza, que doará parte de seu arquivo ao CCA: “[...] nossa coleção acolhe o trabalho de arquitetos que produziram e elaboraram ideias, que refletiram sobre temas ligados à cidade e definiram um discurso pessoal sobre a arquitetura. Álvaro Siza é um destes arquitetos, sobretudo porque o seu modo de fazer arquitetura influenciou e, ainda hoje, influencia diversas gerações e culturas muito distintas.”
Nuno Grande também aproveitou a oportunidade da entrevista para indaga-la sobre o “star system” da arquitetura, ideia que Lambert confrontou apontando que, apesar desse “sistema” promover a noção de “estrelato”, ele “tem a vantagem de trazer a arquitetura para o centro do debate midiático, da cultura popular, levando as pessoas a perceber como ela nos influencia a todos. Se não se falasse de arquitetura, se não se discutisse arquitetura, o mundo seria certamente muito mais pobre...”
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