O Concurso Internacional: Geometrías Invisibles, organizado pela LIGA, teve como objetivo impulsionar o talento de jovens arquitetos latino-americanos e selecionou o projeto "Maneras de conducir", desenvolvido pelos arquitetos brasileiros Marina Canhadas, Enk te Winkel, Gustavo Delonero e Anna Juni, como intervenção protagonista da 20ª edição das exposições realizadas dentro do espaço da LIGA, na Cidade de México.
Após contar com a participação de 142 participantes e eleger 11 finalistas, o júri premiou "Maneras de conducir" com o primeiro lugar por "vincular de modo simbólico a escala urbana da cidade com o pequeno espaço expositivo da LIGA ao conectar a sala no nível da rua com a cobertura do edifício."
Conheça o projeto e a opinião o júri, a seguir.
O júri, composto por Tatiana Bilbao, Isaac Broid e Mauricio Rocha, selecionou por unanimidade o vencedor dentre as 11 propostas finalistas escolhidas por um júri internacional do qual fizeram parte Marcelo Faiden (ARG), Jonathan Olivares (EUA), Marcelo Gualano (URU), Andrés Jaque (ESP), Iñaki Bonillas (MEX), Frida Escobedo (MEX), Alvaro Puntoni (BRA), Mauricio Pezo (CHI), Miguel Mesa (COL) e Florencia Rodríguez (ARG).
O júri compreendeu a complexidade técnica da proposta e decidiu apostar em um projeto audacioso que enfatiza o caráter experimental da LIGA. A equipe brasileira será convidada a realizar a instalação LIGA 21 em fevereiro de 2016.
Os jurados comentaram: "A propostas Maneras de conducir vincula de modo simbólico a escala urbana da cidade co o pequeno espaço expositivo da LIGA ao conectar a sala no nível da rua com a cobertura do edifício. A intervenção ausente de forma física no espaço interno, é percebida somente através do movimento do ar."
Descrição dos arquitetos:
"Maneras de conducir"
Cabe à prática arquitetônica a construção do ambiente controlado por e para o homem: o abrigo. Em seu interior estamos protegidos de toda e qualquer condição da natureza que possa nos atingir e ao longo do tempo desenvolvemos sistemas que nos ajudam a exercer o domínio sobre as forças naturais, seja o sol, a chuva ou o vento.
A intervenção proposta para o espaço LIGA subverte essa lógica por meio de uma experiência sensorial. O ar externo é conduzido através de um duto da cobertura do edifício até o interior da galeria. A ação é induzida, porém seu controle está fora de nosso alcance, já que para seu funcionamento dependemos das condições climáticas momentâneas.
Durante o dia a intervenção passa quase despercebida aos pedestres mais distraídos, assim como tantas outras infraestruturas vitais para o funcionamento dos edifícios. No entanto, ao anoitecer a obra se torna evidente, iluminada como um farol em toda sua extensão. Assim como a estrutura, o sistema de iluminação é autônomo e proporciona intensidades variadas de acordo com a energia gerada pelo vento.