Foster + Partners divulgou uma proposta para um aeroporto de drones em Ruanda numa tentativa de trazer tratamento médico e serviços comerciais mais eficientes para as comunidades africanas.
"Apenas um terço da população africana vive a menos de 2 quilômetros de estradas importantes", explica o comunicado de imprensa. "Seria necessário níveis sem precedentes de investimento em estradas e ferrovias para alcançar o crescimento exponencial da população africana, que deve dobrar para 2,2 bilhões até 2050." Foster + Partners, por sua vez, propõe uma solução para esse obstáculo do desenvolvimento através de uma tecnologia do século XXI: os drones.
"A paisagem geográfica e social desafiadora de Ruanda faz do país um campo de testes ideal para o projeto", comentou Norman Foster. "Este projeto pode ter um enorme impacto ao longo do século e pode salvar vidas imediatamente."
Com construção prevista para 2016, o projeto é a primeira iniciativa conjunta da Norman Foster Foundation, Foster + Partners, Redline e a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL).
O aeroporto de drones inclui um centro de saúde, um estúdio de fabricação digital, um posto de correios e um hub de e-commerce, o que faz do projeto um importante centro cívico para sua região.
Embora possa parecer estranha, a proposta para o aeroporto de drones não é a primeira sugestão que utiliza esta tecnologia como alternativa de outras formas mais convencionais e caras de infraestrutura: em julho o Facebook começou a testar o Aquila, um drone movido com energia solar que forneceria acesso a internet a partes remotas do mundo, sendo a África um de seus alvos.
O programa pouco comum não é a primeira empreitada de Foster + Partners em tipologias inovadoras: o escritório é o responsável pelo primeiro porto espacial comercial e também criou propostas de estruturas na lua.
Com conclusão prevista para 2020, o complexo de três edifícios permitirá que a rede da Redline se estenda por 44% do território de Ruanda. Foster + Partners sugere nas próximas fases do projeto possam ser construídos até 40 edifícios em todo o país, servindo inclusive países vizinhos, como a República Democrática do Congo.