A proposta do escritório de arquitetura Penda para o concurso do Novo Museu Bauhaus corresponde a um projeto mutável que funciona "por um lado, como uma extensão da cidade e, por outro, como um elemento de conexão com o parque adjacente". As características de projeto incluem duas plataformas giratórias que podem abrir-se para conectar o museu ao parque de escultura durante o dia e que se fecham à noite perto. Apesar de não ser selecionado como o desenho vencedor, a proposta de Penda "Bauhaus Flexível" foi uma das finalistas selecionadas para participar da segunda fase da competição. Leia mais sobre a proposta a seguir.
Descrição pelos arquitetos: Arte e Tecnologia: Uma Nova Unidade
Utilizando a descrição da Bauhaus feita por Walter Gropius: "Só a perfeita harmonia na função técnica e nas proporções da forma pode produzir beleza", o nosso projeto para o Novo Museu Bauhaus é uma fusão de geometria e elementos tecnológicos que oferece flexibilidade e integração ao centro da cidade de Dessau. A vida na cidade é múltipla, ambígua e está em constante mudança. Nosso objetivo foi criar um Museu que se conectasse e interagisse com esses vários ambientes da vida diária em Dessau de uma maneira muito direta e ágil. Devido à sua capacidade de se transformar, o museu pode reagir a diversas necessidades dentro do Parque da Cidade e oferece a possibilidade de se tornar um elemento de conexão que molda a comunidade em torno dele e conecta seus visitantes a uma visão do que era a Bauhaus.
Bauhaus, sua vitalidade e seu Espírito
A Bauhaus foi uma era de inovação e realizações técnicas, uma nova clareza em arquitetura, design e arte. A Bauhaus não é sobre a forma. É sobre o desempenho da forma, sobre a lógica dela. Não é sobre a estética, mas como adaptar a estética a um uso diário.
A Bauhaus era um espírito compartilhado que conectava a arte e a vida. Inspirados por este espírito, vemos o novo Museu Bauhaus como uma instituição que está totalmente integrada na vida do cidadão e visitantes de Dessau. Vemos isso como uma Instituição, que se conecta e interage com seu entorno. Uma instituição que se adapta à natureza viva do parque e como uma plataforma de hospedagem para diferentes tipos de eventos relacionados à sua comunidade dinâmica.
A cidade, o Parque e o Museu
Com a restauração do centro da cidade de Dessau, os limites do Museu tornaram-se áreas vivas e muito frequentadas. Situado dentro do Parque, o museu cria um ponto central de importantes vias e eixos. Devido à sua transformação flexível, a nossa proposta reage às frequências adjacentes de uma forma muito natural. Quando as duas plataformas giram, o edifício se abre e convida as pessoas para adentrarem ao parque e ao museu. Desta forma, o edifício pretende ser uma escultura de entrada para o parque. No período noturno, a área não é muito frequentada e então, fechando suas plataformas, o museu naturalmente minimiza as áreas escuras e desertas do Parque.
Nosso objetivo foi criar um museu que funciona como uma extensão da cidade de um lado e como um conector para o parque circundante, por outro. O museu conecta-se, através da sua forma monolítica, com os blocos da cidade em torno de Dessau e com sua materialidade à vegetação vizinha ao parque, respeitando suas condições naturais específicas dentro da cidade. Sua altura adapta-se aos edifícios vizinhos e mistura-se com o tecido urbano. Com sua aparência alternada e adaptando-se aos eventos e acontecimentos no parque, o Museu tem a capacidade de se tornar uma nova fonte de inspiração para a cidade de Dessau.
O Parque, suas estações e o Museu
Vemos o Novo Museu Bauhaus como um complemento para as qualidades do parque da cidade. Portanto, o projeto precisa ser capaz de se adaptar à ele e reagir às diferentes cargas de ocupação durante diferentes estações ao longo do ano.
Durante os meses mais quentes do ano, o Museu deve ser um elemento integrado para a vitalidade do parque. Os visitantes e os cidadãos de Dessau estão fluindo para o parque, deitados ao sol, correndo, brincando com as crianças ou assistindo a um concerto. Em nossa opinião, o Novo Museu Bauhaus precisa fornecer a possibilidade de tornar-se um elemento de conexão com a vida diária no parque.
Durante os meses de inverno, um parque é geralmente uma ilha desocupada dentro do centro da cidade, desconectada com a sua envolvente. Durante esses meses, o Museu serve como um ícone visível para atrair visitantes para suas exposições e eventos e, ao mesmo tempo, desfazer a paisagem deserta na maior parte do parque.
O Museu, os seus Eventos e Exposições
O Museu é posicionado como uma estrutura esbelta e horizontal no parque e combina todas as áreas necessárias em um edifício compacto, criando um impacto pequeno dentro do parque. O museu é composto por duas áreas de caráter diferente: As áreas públicas, que devem convidar os visitantes, são abertas e transparentes ao exterior e os espaços de exposição, um espaço introvertido, que é isolado de luz natural para proteger as obras de arte .
Todas as áreas públicas, incluindo os halls, espaços de eventos, uma loja do museu e o café estão situados nos níveis mais baixos do edifício em 2 elementos retangulares de 9x36 metros e 7 m de altura. Cada qual fica em uma plataforma giratória em torno de um núcleo estável em seu eixo, onde escadas, elevadores e sistemas elétricos como cabos e tubos estão localizados. Os dois elementos flexíveis são capazes de girar em torno dos núcleos e interagir com a vida pública no parque além de adaptarem-se às necessidades e às demandas de seu ambiente. Um museu que não é definido pela sua forma, mas pelo seu desempenho.
Arquitetos
Equipe de Projeto
Chris Precht, Dayong Sun, Xue Bai,Veit Burgbacher, Quan He, Pengchong Li, Frank Li, Jeong Hoon Kim, Yurii SuhovÁrea
4500.0 m2Ano do projeto
2015Fotografias