A partir do próximo domingo, 18 de outubro, a Avenida Paulista passará a ser aberta para lazer semanalmente, das 9h as 17h, tendo o tráfego de veículos interrompido quase toda sua extensão. A medida foi aprovada hoje pela Prefeitura de São Paulo e anunciada ainda pela manhã pelo Prefeito Fernando Haddad.
Embora a proposta tenha inicialmente gerado controvérsias, sobretudo devido o bloqueio dos acessos aos hospitais localizados na região, os dois testes realizados pela Prefeitura este ano – o primeiro no dia 28 de junho, quando foi inaugurada a ciclovia no canteiro central da via, e o segundo no dia 23 de agosto, marcando a abertura da ciclovia da Av. Bernardino de Campos – provaram que a abertura da Av. Paulista para pedestres e ciclistas, e consequente fechamento para automóveis, não tem grandes impactos no trânsito da região, com o acesso aos hospitais garantido por ruas transversais. A Prefeitura também esclareceu que o acesso dos moradores locais às suas residências será garantido.
A Avenida Paulista é a primeira de uma série de vias que serão abertas aos domingos para atividades de lazer. A Prefeitura pretende ampliar a iniciativa para outros bairros da cidade, garantindo ruas de lazer em todas as regiões do município.
Embora pareça novidade ou algo inimaginável para parte da população, a iniciativa segue uma tendência mundial de pedestrianização de vias públicas – como é o caso da Times Square em Nova Iorque – em que as gestões municipais passaram a perceber a importância e os benefícios da apropriação dos espaços públicos urbanos pelas pessoas.
No exemplo de Nova Iorque, a iniciativa foi originalmente rejeitada por parte da população e sobretudo pelos comerciantes da região, que temiam uma queda nas vendas em decorrência à ausência de automóveis. O resultado se provou o contrário, com as vendas aumentando devido à presença de mais pessoas utilizando a via.
É possível que em São Paulo ocorra o mesmo e o Haddad já comentou em diversas oportunidades que a abertura da Paulista aos domingos faz parte de uma medida de política pública que tem como objetivo fazer com que a população se aproprie da cidade e aumentar os [ainda] insuficientes espaços de lazer.