Objects After Objects, projeto comissionado por José Bártolo, com curadoria dos arquitetos Roberto Cremascoli e Maria Milano, representará oficialmente Portugal na XXI Trienal de Milão. Criado em 1923, este é um dos principais eventos internacionais dedicados à arte, design e arquitetura. Entre os dias 2 e 12 de setembro de 2016 acontece sua 21ª edição, que tem como tema: "21st Century — Design After Design".
Apoiada pelo Governo de Portugal, através do Secretário de Estado da Cultura, e com produção da ESAD/Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, a participação portuguesa na 21ª Trienal de Milão acontece em seis etapas, que no seu conjunto se tornam um manifesto das práticas de projeto emergentes, partindo do tema geral da trienal, do texto programático dos comissários e da compreensão nacional das questões aí colocadas.
Neste amplo contexto, a inovação da participação portuguesa reside na partilha de experiências entre a prática acadêmica do design e da arquitetura (formação), o envolvimento de profissionais da área e a ligação à indústria (produção e mercado). A afirmação de uma contemporaneidade projetual portuguesa construir-se-á, igualmente, em diálogo com a história, num entendimento crítico do passado e na antecipação programática do futuro.
O programa da participação portuguesa será constituído pelas seguintes partes:
- 1/ The Reinvented Object — programa de workshops;
- 2/ Extemporary Capsule — Iniciativa de micro-arquitetura que irá funcionar como suporte à instalação;
- 3/ Intangible Made Tangible — os valores de um conjunto de empresas nacionais, de diversas áreas de produção, representados através de um objeto de design, projetado em exclusivo por designers portugueses;
- 4/ New Design Practices — dez exemplos de arquitetura nacional de nova geração, correspondentes a dez práticas de projeto comprometidas com o real;
- 5/ Portuguese Design Icons — uma seleção de objetos icônicos representativos da produção de design nacional nos últimos 100 anos, do mobiliário ao design de cerâmica, do vidro ao editorial;
- 6/ 13 Habitats — abertura das residências de grandes personalidades da arquitetura nacional, entrando na sua dimensão mais humana e contribuindo para a compreensão profunda do nosso estar no mundo (os objetos são parte indispensável da paisagem domestica: livros, objetos de uso quotidiano, coleções de arte, cadeiras, mesas, tapetes, poltronas e sofás, são presenças silenciosas que, satisfazendo as exigências do habitar, medeiam a relação entre o homem e o espaço. As casas de todos são povoadas por estas presenças).
Via Arte Capital