O Palazzo della Civiltà Italiana é, talvez, o projeto mais emblemático construído durante a ditadura fascista de Benito Mussolini, que governou a Itália de 1922 a 1943. Agora, sessenta ano depois e nunca tendo sido usado, a marca italiana Fendi e o arquiteto Marco Constanzi propuseram - sem escapar de controvérsias - a transformação do edifício e seu entorno em um espaço de trabalho para 450 funcionários.
O edifício, um marco arquitetônico projetado por Giovanni Guerrini, Ernesto Bruno La Padula e Mario Romanoas, fazia parte da fantasia de Mussolini de criar um "novo Império Romano".
Segundo o jornal The Guardian, em resposta às críticas de que a companhia está ignorando o significado histórico do edifício, o Diretor Executivo da Fendi, Pietro Beccari, comentou: "Para mim isto não é uma questão. Para os cidadãos de Rom isto não é uma questão. Para os italianos isto não é uma questão. [...] Este edifício está além de uma discussão de política. Trata-se de estética. É uma obra-prima da arquitetura. Reconstruí-lo hoje custaria mais de 500 milhões de euros." E continuou: "Para os italianos e para os romanos, ele está completamente descarregado, vazio de qualquer significado daquele período [...], não houve atividade política aqui. Nunca o vimos através das lentes do fascismo."
Ouça o editor do ArchDaily James Taylor-Foster discutir im impacto da proposta da Fendi na Monocle 24 (33:20):