Malkit Shoshan, finalista este ano do Harvard GSD Wheelwright Prize, foi escolhida pelo Het Nieuwe Instituut para ser a curadora do Pavilhão dos Países Baixos na Bienal de Veneza 2016. Fundadora do think-tank FAST (Foundation for Achieving Seamless Territory), Shoshan tem sido parceira do instituto nos últimos dois anos e é autora do premiado livro Atlas of Conflict: Israel-Palestine (2010). Seu trabalho atual, intitulado Drones and Honeycombs, é um estudo da arquitetura e paisagem que examina atentamente "o espaço público em zonas de guerra".
Do instituto: As Nações Unidas promovem contínuas missões de paz em centenas de locais em todo o mundo. As bases militares são ilhas autossustentáveis isoladas de seus entornos imediatos. O projeto dessas bases é semelhante ao das estruturas de poder e não contribui para melhorar a vida dos habitantes destas regiões. A necessidade urgente de novas soluções espaciais que possam significar algo para as comunidades locais é uma importante motivação de sua pesquisa.
Como pesquisadora do Het Nieuwe Instituut, Shoshan focou no modo progressivo como os Países Baixos contribuem com as missões de paz da ONU. O objetivo é ver as bases das Nações Unidas não como fortificações fechadas, mas catalisadores do desenvolvimento local.
A apresentação do Pavilhão dos Países Baixos se concentra no estudo de caso de Camp Castor em Gao, Mali, onde a ONU colocou em marcha uma missão de paz. A cor azul é usada como uma metáfora para o conflito, unindo arquitetura, direitos humanos e ativismo. Conectando pesquisa de cultura com pesquisa de arquitetura, a proposta dos Países Baixos para Veneza busca tornar visível os desafios espaciais e oportunidades para a situação de conflito e crise em Gao.