O escritório OMA foi selecionado para renovar a Kaufhaus des Westens (KaDeWe), uma histórica loja de departamentos em Berlim que ainda é a maior da Europa. Sua dimensão "a torna semelhante a uma cidade: uma rede tridimensional de percursos, praças, zonas, atividades e perspectivas se desdobram ao longo de sua enorme extensão e oferecem oportunidades para encontros comerciais, sociais e culturais", destacou o OMA.
Para abordar toda esta dimensão, o projeto divide a loja de departamentos em quatro quadrantes, rompendo "o volume original em componentes menores, acessíveis e facilmente transitáveis". Cada quadrante é voltado para um público diferentes e atua como uma loja de departamentos independentes. Saiba mais sobre a proposta do OMA a seguir.
Dos arquitetos: A Kaufhaus des Westens (KaDeWe) pertence a uma consolidada tradição de antigas lojas de departamento na Europa, como as Galleries Lafayette em Paris, a Selfridges em Londres ou a Rinascente em Milão. Historicamente, lojas de departamento foram um dos pilares do comércio moderno, agindo como incubadoras para mercadorias sofisticadas, trocas sociais e novos serviços.
Desde sua inauguração em 1907, KaDeWe sempre foi uma vitrine de produtos selecionados, estabelecendo novos padrões de serviço aos consumidores. Sua dimensão a torna semelhante a uma cidade: uma rede tridimensional de percursos, praças, zonas, atividades e perspectivas se desdobram ao longo de sua enorme extensão e oferecem oportunidades para encontros comerciais, sociais e culturais
As mudanças que aconteceram no final do século XX, aceleradas pela economia global e revolução digital, fizeram da atual organização da KaDeWe um modelo obsoleto.
Nossa proposta para a transformação da KaDeWe é tática.
Em vez de tratar o edifício existente como uma massa singular, o projeto busca dividi-lo em quatro quadrantes, cada qual com diferentes qualidades arquitetônicas e comerciais, atendendo a um público diferentes: clássico, experimental, jovem, genérico etc.; quatro lojas de departamento sob o mesmo teto.
Cada quadrante conta com um acesso diferente e é organizado em torno de seu núcleo vazio, que age como átrio central e espaço de distribuição vertical. Em nove pavimentos do edifício este vazio se transforma em tamanho e extensão, evitando qualquer repetição e tornando cada pavimento único.
Uma sistema organizacional cruzado reforça a presença dos quadrantes em cada pavimento comercial, regulando o uso dos espaços, o sistema de circulação geral, a transição entre um quadrante e outro, a relação entre marcas e espaços etc.
A cobertura abobadada existente é substituída por uma nova arquitetura - um volume compacto de vidro que se expande organicamente a partir da silhueta do edifício. A configuração particular da nova cobertura cria um pátio aberto entre o acréscimo arquitetônico e o resto do edifício.